Polícia Civil pretende encerrar atividades da Decrab de Camaquã

Os trabalhos efetuados pela Delegacia de Polícia
Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab) de Camaquã,
estão com os dias contados. Ao menos esta foi a mensagem deixada durante uma
live realizada nesta semana, promovida pela Federação Brasileira das
Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac).

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No encontro, o diretor do Departamento de Policia do
Interior (DPI), Nedson Ramos de Oliveira, anunciou o fim de três Delegacias de
Polícia Especializadas na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab).
Entre elas está a delegacia de Camaquã, além de Cruz Alta e Alegrete.

A delegacia de Camaquã, foi inaugurada no dia 16 de setembro
de 2019, em cerimonia que contou com a presença da então chefe da Polícia Civil
do Rio Grande do Sul, Delegada Nadine Anflor. Na época, houve uma grande
mobilização pela criação da delegacia, que contou com a luta de sindicatos,
produtores, políticos locais e prefeitura.

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Segundo Oliveira, as investigações, os indiciamentos e as
prisões realizadas em decorrência de crimes rurais deverão ser novamente
centralizadas no município de Bagé. Questionado sobre os motivos da mudança,
ele disse que as investigações descentralizadas não obtiveram bons números de
indiciamentos e de prisões.

Porém, informações obtidas pela Rádio Acústica FM, apontam que
durante estes três anos de atuação, a Decrab de Camaquã conseguiu desarticular
a maior quadrilha interestadual de Furto-Estelionato de Tratores, que agia em todo
o território Gaúcho, Santa Catarina e Paraná (procedimento que ainda vai gerar
mais de 30 inquéritos além do IP principal). Os agentes locais também cumpriram
mais de 200 Mandados de Busca e Apreensão, entre outros números que expressam o
esforço dos agentes no combate à criminalidade.

A expectativa do diretor, era de que esta nova organização começasse
no mês de agosto, mas isso não será possível devido ao que ele classificou como
“ruídos políticos”.

“Não temos uma data prevista para a alteração do modelo”,
afirmou Nedson Ramos de Oliveira.