Dentro de um cenário conservador, a implantação de um polo carboquímico no Rio Grande Sul incrementará, no mínimo, em 80% a produção de carvão no Estado. Um estudo (ainda em andamento) de avaliação do impacto econômico da criação de um polo dessa atividade na região será apresentado durante o evento Alternativas Sustentáveis do Uso do Carvão: Oportunidades do Complexo Carboquímico no Brasil – Marco Regulatório para Atração de Investimentos, que ocorrerá amanhã, a partir das 9h30min, na Fiergs.
Na quinta-feira, desdobrando as ações do seminário, serão feitas visitas à região carbonífera gaúcha. O coordenador da pós-graduação de Desenvolvimento Econômico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Alexandre Porsse, que está envolvido com a pesquisa encomendada pela própria Fiergs, detalha que a carboquímica elevaria a extração de carvão no Rio Grande do Sul em, pelo menos, 3,5 milhões de toneladas ao ano. Essa estimativa leva em conta a implantação de uma unidade de gaseificação do mineral com capacidade para a produção de cerca de 2,14 milhões de metros cúbicos diários de Gás Natural Sintético (GNS). O investimento nessa planta de gaseificação é calculado em torno de US$ 2 bilhões.
Essa projeção da potencialidade da prática no Estado é a mais modesta e não leva em conta a vinda de outras fábricas para a produção de amônia, ureia e metanol através do GNS. O levantamento, iniciado em novembro e que deve ser concluído até fevereiro, prevê o começo de implantação do empreendimento de gaseificação a partir de 2019, com entrada em operação em 2023, apontando que há espaço para esse tipo de iniciativa na região. Hoje, a capacidade do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) para atender ao Estado é de aproximadamente 2,8 milhões de metros cúbicos de gás natural ao dia, e o consumo é de cerca de 2 milhões de metros cúbicos diários.
O GNS tem condições de atender às mesmas finalidades do gás boliviano, que, no momento, é o único insumo dessa natureza que chega ao Rio Grande do Sul. O secretário de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, adianta que a expectativa é que empresas do setor, bancos e fundos de investimentos percebam que o mercado da carboquímica é algo viável no Rio Grande do Sul. De acordo com o governo gaúcho, os planos já anunciados de empresas que desejam instalar complexos carboquímicos no Estado para a produção de GNS já ultrapassariam o patamar dos US$ 2 bilhões, totalizando investimentos de aproximadamente US$ 4,4 bilhões.
Entre os grupos envolvidos com empreendimentos dessa natureza estão a Companhia Riograndense de Mineração (CRM), a Vamtec e a Copelmi, e a sul-coreana Posco. Além dessas companhias, estarão presente no evento da Fiergs empresas como Shell, Air Liquide, Synthesis Energy Sustems (SES) e IHI. Lemos frisa que a vinda de grupos internacionais para o encontro é uma comprovação da viabilidade da ideia.
O secretário adianta que, também nesta quarta-feira, o governador José Ivo Sartori sancionará a política pública que rege as normas da carboquímica no Estado e que dará segurança jurídica para os empreendedores. Recentemente, foi aprovado, na Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei nº 191/2017, que instituiu a Política Estadual do Carvão Mineral e o Polo Carboquímico gaúcho.
A medida, entre outros pontos, determina os locais em que poderão ser praticadas as atividades do setor, indica as exigências quanto ao licenciamento ambiental e salienta as políticas públicas no Estado relativas ao segmento.
O polo carboquímico terá como foco duas regiões: Baixo Jacuí e Campanha. A primeira envolve os municípios de Arroio dos Ratos, Barão do Triunfo, Butiá, Charqueadas, Eldorado do Sul, General Câmara, Minas do Leão, São Jerônimo e Triunfo. Já a segunda, as cidades de Aceguá, Bagé, Caçapava do Sul, Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra, Lavras do Sul, Pinheiro Machado e Pedras Altas.
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