Presidente da Famurs aponta falta de clareza e problemas em privatização da Corsan

Maneco Hassen, presidente da Famurs, participou do programa Primeira Hora na quarta-feira (14). Em pauta, a possibilidade de privatização da Corsan.

O presidente manifestou preocupação com as indefinições na proposta do governo do Estado em privatizar a estatal. Ele aponta falta de clareza no projeto do governador Eduardo Leite.

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“A gente não sabe o que ele está propondo, não sabe como vai ser, não sabe as condições em que vai acontecer. E o que a gente não quer é chegar daqui 5 ou 10 anos e não ter como se defender”, disse.

Maneco diz que o governador já havia deixado claro, em outras oportunidades, que não privatizaria o Banrisul e a Corsan e, por isto, a pauta sequer vinha sendo discutida entre os prefeitos. Ele também alega que a proposta surgiu na pior semana da pandemia, onde havia muita pressão aos prefeitos.

“O governador faz o anúncio da privatização da Corsan sem ninguém imaginar que isto iria acontecer. E isto tem um impacto direto nos municípios, pois são 317 municípios atendidos pela Corsan, e destes, cerca de 60 ou 70% não tem condições de sobreviver sozinhos na questão da água”, afirmou.

Ele explicou que os municípios maiores sustentam os menores, através do subsídio cruzado. Ou seja, os grandes municípios acabam viabilizando a manutenção da Corsan nos menores.

Maneco utilizou o exemplo de Uruguaiana, onde uma empresa privada é responsável pela situação da água.

“Lá em Uruguaiana houve um relatório da Câmara de Vereadores e da prefeitura recomendando a extinção do contrato com a privada, para retornar para a Corsan. Lá aumentou a tarifa, a qualidade da água é ruim, a empresa não pegou o interior da cidade e ficou só com o centro. Além disto tudo, segundo os relatórios que nos foram enviados, não funcionou”.

Ele disse que foi necessária a intervenção do Ministério Público, para que se mantivesse o serviço na cidade.

O presidente da Famurs informou que a empresa é superavitária.

“Nos últimos dez anos, ela deu uma média de R$ 300 milhões de lucro por ano”.

Assista a entrevista na íntegra:

 

Redação de Jornalismo

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