Um projeto de mineração no Rio Camaquã está preocupando os gestores da região Centro-Sul do Estado. O problema foi debatido em reunião da Associação dos Municípios da Costa Doce, realizada no final da tarde desta terça-feira (6), em Cristal. Nesta quarta-feira, a prefeita do município e presidente da associação, Fábia Richter, participou do programa Primeira Hora, onde ressaltou a sua posição contrária à proposta e alertou sobre os riscos ambientais e econômicos do investimento.
O Projeto Caçapava do Sul é das empresas Votorantim Metais e Mineração Iamgold Brasil, e consiste na implantação de uma mina para produção de 36 mil toneladas de chumbo contido, 16 mil toneladas de zinco e cinco mil toneladas de cobre contido, ao ano. A empresa realiza pesquisas na região do Rio Camaquã há cerca de 10 anos, sem nunca ter entrado em contato com os municípios de Cristal e Camaquã: “As cidades da região não aparecem neste estudo”, lamentou Fábia.
A prefeita chamou atenção para os problemas que podem ser causados. A principal preocupação é com a contaminação dos principais produtos produzidos no Rio Grande do Sul, através da agricultura e pecuária: “Naturalmente o nosso produto perderá preço no mercado”, destacou Fábia. De acordo com ela, é muito difícil que a água não seja contaminada, além dos vários problemas que podem ser causados na saúde dos moradores.
Para Fábia, a região seria “forçada” a se dedicar à mineração de materiais pesados: “A empresa terá o direito de explorar a região pelos próximos 20 anos”. Ela explicou que a exploração consiste em romper rochas com a utilização de dinamite, o que causaria problemas que acarretariam nas próximas gerações: “Eu não quero que a história me culpe por ter sido omissa”, justificou a prefeita, ao falar sobre a importância da sua luta em defesa da comunidade e dos produtores rurais da região.
A preocupação será encaminhada para o governador do Estado, José Ivo Sartori, e para o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, além do Ministério Público. No entanto, o Estado já deu sinais favoráveis ao projeto, ao divulgar que o investimento previsto é de R$ 322 milhões e a expectativa é de que 450 empregos diretos sejam gerados na fase de operação. O mapa acima mostra os locais onde atualmente existem pesquisas na região.
O Grupo Votorantim é o quarto maior grupo empresarial privado do Brasil, presente em 20 países da América do Sul a Ásia. Atua na produção de cimento, metais, suco concentrado de laranja, compostos químicos, energia, papel e celulose. Mantém negócios nas áreas financeira, tecnológica e biotecnológica.
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