Destaque Duplo

PT e do PC do B protocolam 16 emendas coletivas no orçamento previsto para o RS em 2024

Em conjunto, a bancada do PT e  a do PC do B protocolaram 16 emendas no orçamento previsto para o RS em 2023.  A primeira delas estabelece um aumento de R$ 1,2 bilhão nos repasses para a Saúde, com o objetivo de garantir o cumprimento da norma constitucional que obriga a aplicação de 12% da Receita Líquida no setor.  Hoje, a matéria tramita na Comissão de Finanças do parlamento gaúcho.

Segundo a oposição, no orçamento do Governo, o percentual obrigatório só seria alcançado com a inclusão de despesas que não estão relacionadas com ações e serviços públicos de saúde que promovam o acesso universal, igualitário e gratuito. 

Publicidade

Também na área da saúde, a bancada do PT sugere um adicional de R$ 350 milhões para corrigir o que considera distorções do Assistir, programa da Secretaria da Saúde que organiza os repasses aos hospitais públicos de todo o Rio Grande do Sul. 

O Assistir tem sido alvo de críticas de prefeitos e gestores de hospitais, em especial da Região Metropolitana, por diminuir  os valores disponibilizados.

Na Educação, as bancadas do PT e PCdoB apontam a necessidade de suplementação de R$ 790 milhões para o cumprimento do mínimo constitucional de 25% da Receita Líquida. 

Assim como no caso da Saúde, o Governo Leite pretende cumprir a norma da Educação utilizando os recursos previstos para o pagamento de aposentadorias e pensões.

Outras emendas estratégicas  estão voltadas para o meio ambiente, consequências das mudanças climáticas e gestão dos recursos hídricos. No total, são sete  que tratam do tema, em um valor total de R$ 40,3 milhões. 

 Segundo dados do Banco Mundial, de 1995 a 2019, foram registradas no Rio Grande do Sul perdas na ordem de R$ 41,25 bilhões – o que representa 12,28% do total no país. Neste levantamento não constam as recentes perdas com estiagens, enchentes e chuvas de granizos.

As bancadas do PT e PCdoB  apresentaram ainda emendas coletivas em ações de combate à fome, incentivos para agricultura familiar e ampliação de programas para comunidades indígenas e quilombolas.

Agora o relator do orçamento, deputado Frederico Antunes (PP) vai analisar as emendas ao orçamento e decidir se as aceita ou não. Em 10 de novembro o seu parecer deverá ser lido e votado na Comissão de Finanças para depois ser encaminhado ao plenário.

Em setembro, Leite encaminhou à Assembleia o Projeto de Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2024 (PLOA 2024), com projeção de déficit orçamentário de R$ 2,7 bilhões (receitas totais de R$ 80,348 bilhões e despesas totais de R$ 83,034 bilhões). Já para os quatro anos do Plano Plurianual (PPA 2024-2027), que tramita no Legislativo estadual, as contas apresentam superávit de R$ 512 milhões (receitas totais de R$ 320,1 bilhões e despesas totais de R$ 319,6 bilhões). 

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.

Recent Posts

Taxa de desemprego no primeiro trimestre é a menor para o período em 13 anos

A taxa de desocupação foi de 7% no trimestre encerrado em março de 2025. O…

2 horas ago

Em 120 dias de 2025, governo federal gastou R$ 1,7 trilhão

Valores foram divulgados pela Gasto Brasil; plataforma que mostra os gastos dos governos locais e…

3 horas ago

Reforma Tributária: advogada alerta como evitar prejuízos na revisão de contratos em 2026

Luciana Pereira da Costa destacou impactos que devem ocorrer após mudanças tributárias

4 horas ago

Hoje na história: 01 de maio – Primeira aparição de Bob Esponja

Acompanhe os fatos que marcaram o dia de hoje na história

12 horas ago

Fumaça preta causada por queima irregular de lixo assusta moradores em Camaquã

O incêndio foi registrado no final da tarde desta quarta-feira (30)

18 horas ago

Açougue é interditado por falta de higiene em Sentinela do Sul

Ao todo, 1,5 tonelada de alimentos impróprios foram apreendidos durante as fiscalizações realizadas em três…

19 horas ago

This website uses cookies.