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Quebra na safra de tabaco impacta produção e eleva expectativa de preço no Rio Grande do Sul

Na manhã deste sábado (24), o programa Esquina Democrática recebeu o presidente da Associação dos Plantadores de Fumo em Folha no Rio Grande do Sul (Afubra), Marcilio Laurindo Drescher. Em entrevista ao comunicador Obert Martins, Drescher discutiu o impacto da quebra na safra de tabaco deste ano, que atingiu 22,7% de toda a produção no Estado devido a condições climáticas adversas, como enchentes e excesso de chuvas. Segundo o presidente, apesar da redução na colheita, a qualidade do tabaco foi mantida, o que pode impulsionar a valorização do produto no mercado.

Drescher destacou que a diminuição na oferta de tabaco deve refletir em melhores preços para os produtores. Nos últimos anos, a média de compra do tabaco tem mostrado uma tendência de alta, com as últimas três safras registrando aumentos consecutivos nos valores pagos pelas empresas. Essa expectativa de valorização é vista com otimismo pelos agricultores, que enfrentaram perdas significativas devido a fatores como inundações e granizo, especialmente em áreas onde o tabaco foi plantado mais cedo, em um período conhecido como “safrinha” ou “tabaco de inverno.”

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No entanto, o presidente da Afubra alertou para os riscos associados ao cultivo fora da época tradicional. Drescher mencionou que a ocorrência de geadas severas, comuns em invernos mais rigorosos, pode comprometer seriamente a produção e a qualidade do tabaco. Ele ressaltou que essa prática, embora tenha sido uma alternativa para fugir das altas temperaturas do verão, traz consigo desafios que podem afetar a lucratividade dos produtores.

Outro ponto abordado durante a entrevista foi a posição do Rio Grande do Sul no ranking de produção de tabaco. Canguçu, no sul do Estado, continua sendo o maior produtor, com quase 5.000 produtores responsáveis por 18.150 toneladas de tabaco. Apesar da quebra na safra, a produtividade média dos principais municípios produtores manteve o Estado em destaque no cenário nacional. Camaquã, por exemplo, ocupa o sétimo lugar no ranking estadual, com 8.014 toneladas produzidas.

Ao final da entrevista, Drescher enfatizou a importância de manter um equilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado. Ele ressaltou que uma superprodução pode desvalorizar o produto, enquanto uma oferta limitada, como a registrada nesta safra, tende a melhorar os preços. O presidente da Afubra também lembrou os produtores sobre os riscos inerentes à agricultura e a necessidade de prudência na hora de decidir o momento ideal para o plantio.

Confira a fala do presidente da Afubra sobre a quebra na safra de tabaco

 

Bruno Bonilha

Comunicador na Rádio Acústica FM.

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