Foto: Foto: JM Alvarenga/Divulgação
A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do
Sul (Gadolando) está manifestando a preocupação com a redução repentina no
valor do litro do leite pago ao produtor nos dois últimos meses, que chegou a
cair até R$ 0,70 centavos o litro. Segundo o presidente da entidade, Marcos
Tang, é normal que esta baixa ocorra mais para o final do ano e que neste
momento é um fato anormal.
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O dirigente destaca que a remuneração ao produtor de leite
quando há alta é em uma velocidade pequena, mas, na hora de baixar, a queda é
vertiginosa. Com isso, a subtração do valor pago ao produtor faz com que ele
não feche a conta no fim do mês. “Em junho e julho o nosso produtor teve a
oportunidade de fazer um pequeno caixa, depois de três anos de prejuízos com
estiagens. Porém, com a baixa registrada em agosto ele, neste momento, não tem mais caixa para pagar
as contas que precisou fazer acima do orçamento anual planejado para comprar
alimento para o gado. Portanto, agora que poderia ter uma remuneração, isso não
aconteceu, o que não tem cabimento”, observa.
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Para Tang, o ônus do mercado acabou recaindo apenas ao
produtor, quando deveria ser decidido entre todos os elos da cadeia produtiva.
“O consumidor pagou alto por esse leite há muito tempo e para o produtor
demorou para reagir este preço. Agora o preço nos mercados caiu, mas de
imediato foi repassada esta baixa para o produtor. Em um momento que a cadeia
está fragilizada e que as perspectivas não são tão melhores, o produtor está
sendo massacrado”, ressalta, lembrando também que as indústrias determinam os
preços pagos pela matéria-prima e apenas informam o valor, tendo que o
produtor, obrigatoriamente, entregar o produto por um preço menor.
Outro alerta do presidente da Gadolando é a importação
desenfreada de leite de outros países, em especial da Argentina e do Uruguai, o
que desestimula também a produção nacional. “Pode resolver o problema
momentâneo do mercado, mas a que custo? De nós criarmos um grande problema de
abandono da atividade e de êxodo rural. Por isso que falo que é uma questão de
soberania nacional manter o nosso produtor na atividade e por isso alertamos as
autoridades sobre essa importação desenfreada de leite da Argentina e do
Uruguai”, questiona.
Texto: Nestor Tipa
Júnior/AgroEffective
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