Rio Grande do Sul inicia campanha de vacinação contra a mpox

A campanha de vacinação contra a monkeypox (mpox) iniciou-se no Estado, nesta terça-feira (11/4), a partir de Porto Alegre. As 1.450 doses do imunizante recebidas pela Secretaria da Saúde (SES) serão destinadas aos grupos vulneráveis à pré e à pós-exposição ao vírus causador da doença, como pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox e profissionais de laboratório.

Receba todas as notícias da Acústica no seu WhatsApp tocando aqui!  

Publicidade

O esquema de aplicação será realizado em duas doses, com intervalos de um mês entre elas, permitindo vacinar 725 pessoas neste primeiro momento. “São pessoas com a condição imunológica bastante prejudicada, com mais risco de adoecimento e de morte se tiverem mpox”, explicou a especialista em Saúde do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Fernanda Maria da Rocha. A campanha de vacinação contra a mpox não será aberta ao público em geral, diferentemente das demais campanhas.

As vacinas serão divididas entre três públicos-alvo:

  • Imunossuprimidos: 1.360 doses para vacinar 680 homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com 18 anos ou mais e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses;
  • Pós-exposição: 28 doses para vacinar 14 pessoas de 18 a 49 anos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco;
  • Profissionais de laboratório: 62 doses para vacinar 31 pessoas que trabalham diretamente com o Orthopoxvírus, causador da mpox, em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), de 18 a 49 anos de idade.

Ampliação da vacinação

A vacinação será ampliada para os demais municípios conforme os serviços municipais de saúde identificarem as pessoas selecionadas para receberem a vacina e organizarem a logística local para a aplicação. “As vacinas ficam congeladas com validade até 2025, sem risco de perda”, completou Fernanda. Após resfriadas, a validade é de quatro semanas.

Cenário epidemiológico

O Ministério da Saúde considera que o atual cenário epidemiológico da mpox apresenta queda progressiva no número de casos em todo o mundo, incluindo no Brasil, e que a principal estratégia de contenção é a identificação de casos e rastreamento de contatos. A atual estratégia de vacinação tem como objetivo principal a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença.

O Rio Grande do Sul registrou, no período entre 2022 e março de 2023, 329 casos de mpox. Não houve no Estado nenhum caso de óbito em decorrência da doença.

Redação de Jornalismo

Recent Posts

Camaquã promove audiência pública sobre novo Plano Diretor

Esta será a oportunidade da comunidade discutir as mudanças

15 minutos ago

Polícia prende 20 pessoas em operação contra tráfico de drogas na Fronteira Oeste

Foram cumpridas 78 ordens judiciais na manhã desta quinta-feira. Armas, dinheiro, celulares e drogas foram…

16 minutos ago

Fábia Richter discursa no Congresso Federal em solenidade pelo Mês da Enfermagem

Enfermeira destacou a necessidade de maior representatividade política e cobrou o cumprimento do piso nacional

2 horas ago

Em rodada de negócios, sete franquias buscarão investidores durante a FBV

Interessados em se tornar franqueados devem se inscrever até 20/05 no Portal de Negócios do…

2 horas ago

Grêmio intensifica busca por goleiro em meio a incertezas

Deslizes de Volpi e possível saída de Grando acendem alerta no clube

2 horas ago

Como espantar baratas da cozinha com uma mistura que não usa veneno

Aprenda como espantar baratas da cozinha com uma receita simples, natural e sem veneno. Proteja…

2 horas ago

This website uses cookies.