Foto: Divulgação/PC
O Rio Grande do Sul apresentou um aumento de 6,7% entre 2013 e 2023 no número de feminicídios, mas o índice vem caindo nos últimos anos. De 2018 até 2023 houve uma queda de 12,5% nesse tipo de crime. O ano com mais mortes foi 2016, com 308 assassinatos de mulheres.
Os dados fazem parte do Atlas da Violência, tradicional levantamento realizado pelo Fórum de Segurança Pública do Brasil, divulgado nesta segunda-feira.
Conforme o estudo, no Brasil, a violência letal contra as mulheres ainda acontece, de forma majoritária, no âmbito doméstico. Pesquisas vêm mostrando, ao longo dos anos, que o lar é o lugar menos seguro.
Dados de registros policiais publicados no 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública evidenciam que, nos casos de feminicídios, 64,3% dos crimes aconteceram dentro de casa. Nas demais formas de homicídio, as mortes em casa representam 29,3% do total (FBSP, 2024).
De acordo com o Atlas da Violência, esse dado de registros policiais ajuda a ilustrar que, embora o ódio ao gênero possa estar presente na violência letal contra mulheres tanto em contextos domésticos quanto urbanos, na prática, uma morte costuma ser percebida e classificada como feminicídios quando acontece no ambiente doméstico.
Queda de homicídios no Brasil e no RS
Entre 2022 e 2023, houve redução de 2,3% na taxa de homicídios por 100 mil habitantes no país. Com esse número, o Brasil atingiu o índice de 21,2 — o menor dos últimos 11 anos.
Em 2023, 45.747 pessoas perderam a vida em razão dos homicídios. Depois de uma estagnação nas taxas de homicídio entre 2019 e 2022, que estacionaram no patamar de 21,7, o país voltou timidamente à trajetória de queda iniciada em 2018.
O estudo descreve as taxas de homicídio por 100 mil habitantes, por estado, em 2023.
Enquanto os menores indicadores estão localizados numa faixa que cobre os estados do Sul, além de SP e MG, as maiores taxas de homicídios se concentram no Norte e Nordeste.
No sentido inverso, o RS diminuiu o índice de violência, fazendo com que a Região Sul inteira figurasse entre os estados com menores níveis de homicídio — uma queda de 28% entre 2013 e 2023, com 1.981 casos em 2023.
Uma pesquisa de opinião feita recentemente pela Genial/Quaest, citada no estudo, apontou que 29% dos entrevistados enxergavam a questão da criminalidade como o maior problema do Brasil. Essa proporção aumentou 19 pontos percentuais em pouco mais de um ano, uma vez que, em dezembro de 2023, apenas 10% dos entrevistados citaram a violência.
Essa aparente contradição entre a redução das taxas de homicídio e o aumento da percepção do crime e da insegurança como maior problema a ser enfrentado pode ser compreendida por duas razões. Em primeiro lugar, como há muito se sabe, a prevalência de crimes e a percepção de segurança não caminham necessariamente juntas.
Existem inúmeros elementos que interferem nessa relação, que, entre outras questões, passa pela intensidade com que os incidentes são tratados nas mídias e redes sociais, pela localização geoespacial dos conflitos e pela maneira como as pessoas se sentem expostas aos crimes praticados.
Mortes no trânsito
O Brasil registrou um novo aumento nas mortes no trânsito em 2023, aponta o Atlas da Violência, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Esta é a primeira vez que o estudo inclui uma seção dedicada exclusivamente à violência no transporte.
Em 2023, o país registrou 34.881 mortes no transporte terrestre, de 2,9% na comparação com os 33.894 registrados em 2024. O índice de mortes a cada 100 mil habitantes foi de 15,8 para 16,2.
As mortes no trânsito estão em alta desde 2020, após um período acentuado de queda que os pesquisadores atribuem mais à desaceleração da economia naquele período do que a alguma outra ação duradoura de prevenção.
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