Safra de tabaco terá quebra de quase 20%, calcula Afrubra

O volume de tabaco produzido nos três estados do Sul do Brasil vai encolher pelo menos 18% na safra 2015/16 em relação ao ciclo anterior. O cálculo é da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e foi divulgado nesta segunda-feira pelo presidente da entidade, Benício Werner. O grande vilão é o fenômeno climático El Niño, que aumentou consideravelmente o volume de chuvas na região.

De acordo com o presidente da Afubra, de agosto até agora foram 37 mil notificações de danos em lavouras de tabaco nos três estados do Sul. O número é 47% maior que o registrado na safra passada, quando 25,1 mil plantações haviam sido atingidas pelo granizo.

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As regiões de Irati (PR) e Venâncio Aires (RS) foram as mais prejudicadas. “Em Irati e municípios vizinhos o número de lavouras atingidas saltou de duas mil na safra passada para 6 mil na atual e, em Venâncio, de 1,5 mil para 3,5 mil”, exemplificou. Benício Werner acredita que até a próxima semana os técnicos da Afubra deverão concluir a avaliação das lavouras.

O presidente da Afubra explica que, além dos temporais, o excesso de umidade registrado nas últimas semanas também compromete a produtividade da safra ao reduzir o peso das folhas. Com isso, a expectativa é que o volume total produzido no Sul do Brasil fique em aproximadamente 580 mil toneladas. Na safra 2014/15 a produção chegou a 698 mil toneladas.

Principal polo de produção de tabaco no País, o Vale do Rio Pardo soma perdas ainda mais significativas. Conforme a Afubra, a quebra pode chegar a 25% na região. “A produtividade está bem menor e, com isso, o produtor terá perda de receita também”, analisa o presidente da Afubra.

VENDA DA SAFRA

Até agora apenas a Souza Cruz iniciou o período de compra do tabaco produzido na atual safra. As demais empresas devem abrir a comercialização a partir do dia 11 de janeiro. A Afubra avalia que a queda na produtividade pode facilitar a negociação do produtor com a indústria na hora da entrega.

“A oferta menor de produto no mercado deveria facilitar as negociações com a indústria, mas já vimos que teremos as mesmas dificuldades do ano passado. O produtor é que pode sair ganhando com isso, fazendo uma venda média mais alta”, acrescentou o presidente da Afubra.

Redação de Jornalismo

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