Enquanto a safra agrícola no Estado vai bem, parte dos pescadores gaúchos enfrenta maus bocados. Isso porque a chuva que irriga as lavouras é a mesma que deságua na Lagoa dos Patos, impedindo que o mar traga camarões para a região. As condições climáticas atuais garantiram ao Estado uma safra de grãos bastante promissora, porém as chuvas que permitiram os bons dados fizeram com que a safra do camarão minguasse.
Nestas situações, a preocupação recai sobre o sustento dos pescadores. Sabino, o representante da colônia Z3, relata que “passar fome ninguém passa”, por existir a tainha. Para o pescador, essa safra “nem iniciou e já terminou”, e agora a torcida está voltada para um 2017 com poucas chuvas. O secretário do Desenvolvimento Rural de Pelotas, Jair Seidel, lembra que apenas a partir de julho os pescadores começam a receber o seguro do peixe, pela época na qual não estão autorizados a praticar a pesca. De acordo com o secretário, a economia da cidade não é diretamente afetada pela baixa produção de camarão, já que 70% do PIB de Pelotas está atrelado ao comércio. No entanto a expectativa do gestor é de que a Semana do Camarão, realizada anualmente na cidade, tenha dificuldades.
Em 2012, quando a Secretaria Municipal do Desenvolvimento registrou quase 6 mil toneladas do produto, a seca prejudicou a safra agrícola no Estado. O secretário da Pesca de Rio Grande, Sícero Miranda, comenta que o preço de compra no município diretamente com o produtor está em, no máximo, R$ 20,00 o camarão sujo e R$ 40,00 o limpo, devido à grande oferta. O presidente da colônia Z1, de Rio Grande, e coordenador do Fórum da Lagoa dos Patos, Nilton Machado, explica que a safra do camarão é de difícil contabilização de valores ou produção, já que parte dos pescadores tem seus pontos de comercialização fixos.
Segundo a Emater, comerciantes de Pelotas agora buscam camarão em Rio Grande. No comércio da capital gaúcha, a realidade é outra. O gerente da banca Coopeixe, do Mercado Público, Flávio Rocha, comenta que a safra de Rio Grande não foi boa o suficiente para chegar até eles. Sua banca não conta com o produto desde a safra passada, e o gerente não tem perspectivas de recebimento. Rocha comenta que, no ano passado, o produto estava significativamente mais barato, porque os cativeiros de camarão estavam prosperando.
Nas criações em cativeiro, a situação também não é positiva. Uma doença conhecida como mancha branca dizimou a produção no Nordeste e diminuiu a qualidade do crustáceo nos demais estados da região Sul. Na peixaria Duporto, do Mercado Público de Porto Alegre, a procedência do produto é de tanques de Imaruí, em Santa Catarina. Os valores de venda variavam entre R$ 39,90 à R$ 69,90, dependendo do tipo de tratamento dedicado ao produto. O gerente do local, Getúlio Brandão, relata que, no ano passado, os valores estavam, em média, R$ 10,00 mais baratos.
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