Em mais um dia de articulações políticas, o governador José Ivo Sartori comunicou aos líderes de entidades empresariais a decisão de enviar nesta quinta-feira, à Assembleia, o projeto para aumentar impostos no Estado.
O governo corre contra o tempo para conseguir romper resistências e convencer a base a aprovar o texto, que pode render R$ 2 bilhões anuais extras ao Tesouro estadual, a partir de 2016.
Disposto a pedir a compreensão dos setores contrários à medida, Sartori recebeu empresários em duas reuniões, uma pela manhã e outra à tarde. Na campanha, ele havia prometido não elevar o ICMS, mas o agravamento da crise nas finanças teria provocado a reviravolta.
Em ambos os encontros, Sartori contou com a ajuda do vice-governador, José Paulo Cairoli, ex-presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), para sensibilizar os interlocutores.
— O governador comunicou que o projeto será apresentado e pediu o nosso apoio, mas sabe que não terá. Entendemos que elevar tributos, em um momento de crise, é um tiro no pé — disse Ricardo Russowsky, atual presidente da Federasul.
Sartori ofereceu chimarrão e evitou entrar em atritos. Falou mais do que o vice, visivelmente constrangido — até assumir o cargo, Cairoli sempre foi refratário a tarifaços. Apesar disso, não conseguiu garantir adesão.
— Foi uma conversa franca, respeitosa. Sabemos que Sartori não tem culpa da situação, mas entendemos que a saída é outra. É cortar despesas. Vamos continuar conversando com os deputados para que rejeitem o projeto — afirmou Luiz Carlos Bohn, presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio-RS).
O presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Heitor Müller, também criticou a iniciativa, tanto quanto o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Logistas (FCDL-RS), Vitor Koch.
— A elevação de tributos prejudicará ainda mais a competitividade das empresas localizadas no Estado — destacou Müller.
Desde segunda-feira, o Piratini vem promovendo uma série de reuniões com deputados das bancadas aliadas. Apenas o PMDB, partido do governador, confirmou aval ao projeto, que deve ir a votação a partir do dia 22 de setembro, em regime de urgência.
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