Secretário Edivilson Brum debate crise na agricultura e a necessidade de soluções urgentes. Foto: Celso Bender
Na manhã desta segunda-feira (09), o secretário de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, Edivilson Brum, destacou a crise na agricultura enfrentada pelo produtores gaúchos que reivindicam a securitização de dívidas agrícolas. Junto, o secretário destacou o reconhecimento conquistado pelo RS, como zona libre de febre aftosa. Uma certificação emitida pela Organização Mundial de Saúde Animal, que atesta que o Brasil está livre da febre aftosa sem vacinação. Esse reconhecimento, resultado de seis décadas de trabalho, celebra a dedicação de produtores rurais, técnicos da Secretaria da Agricultura, do Ministério da Agricultura e de toda a cadeia ligada à pecuária. Tal conquista foi comemorada em um fórum econômico realizado em Paris, reforçando o protagonismo do Rio Grande do Sul na produção pecuária brasileira.
Receba todas as notícias da Acústica no seu WhatsApp tocando aqui!
Em meio aos desafios do setor, o secretário Edivilson Brum abordou a atual mobilização dos produtores rurais, que reivindicam medidas para a securitização – um mecanismo que permitiria a repactuação de dívidas com condições mais favoráveis, como prazos estendidos (até 20 anos), juros reduzidos (em torno de 8,5% ao ano) e períodos de carência de dois a três anos. Durante a entrevista, Edivilson Brum explicou que, em uma primeira reunião em Brasília com o governador Eduardo Leite, o ministro da Agricultura e representantes de entidades como a Farsul, FETAG, CNA e outros, foi acordada a criação de um grupo técnico para discutir propostas alternativas à forma atual de securitização.
Essa iniciativa inclui a análise de uma proposta que sugere utilizar parte dos recursos do fundo social, originado do pré-sal, para viabilizar essa repactuação. Outro modelo apresentado envolveria a criação de fundos – públicos ou privados – que assumissem as dívidas dos produtores, em um esforço conjunto para aliviar o cenário de endividamento agravado por fatores climáticos.
O secretário ressaltou a urgência em encontrar uma solução, ressaltando que “a planta não espera”. As dificuldades referentes às condições climáticas adversas – marcadas por eventos extremos como enchentes, estiagens e outras intempéries – têm impactado a produção, comprometendo desde a lavoura de soja até a do arroz, cujo preço vem despencando nos últimos meses. Com produtores enfrentando manifestações e mobilizações em diversas regiões do estado, há uma pressão para repactuação das dívidas e para a adoção de medidas que protejam o setor de crises.
Edivilson Brum deixou claro que a intenção não é criticar o governo federal, mas sim sensibilizá-lo para as dificuldades enfrentadas pelos produtores gaúchos. Ele destacou que, embora o ministro da Agricultura tenha se mostrado atencioso e colaborativo, há um desafio na articulação com o Ministério da Fazenda.
Em suas palavras, a necessidade é unir esforços entre o governo estadual e federal para que, através de um estudo e de reuniões técnicas, sejam apresentadas soluções que garantam a continuidade da produção e a saúde financeira do setor agrícola.
Encerrando a entrevista, o secretário Edivilson Brum enfatizou que os próximos dias serão críticos: “É uma semana de pressão, com estradas movimentadas por tratores e equipamentos agrícolas, e diversos encontros agendados para discutir o futuro do agro gaúcho”.
Conforme Brum, a expectativa é que as propostas apresentadas no grupo técnico sirvam de base para uma repactuação e que viabilize a retomada do crescimento do setor mesmo diante das adversidades climáticas.
Recentemente, a clínica completou dois anos de atuação em Camaquã
Loja conta com descontos exclusivos em trocas de tela durante todo o mês de junho
Tributarista expõe análise completa sobre os impactos da reforma no mercado de apostas e os…
Programa Tua Saúde deste sábado (07) recebeu especialistas para explicar sobre a doença
Movimento ocorre no quilômetro 398, com bloqueios no fluxo de trânsito
Programação inclui diversas ações na Igreja Matriz
This website uses cookies.