Foto: Divulgação
Nesta sexta-feira (21), o Programa Primeira Hora recebeu o secretário executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares dos Santos. Em uma entrevista exclusiva, o gestor falou sobre as ações que a pasta tem implementado para auxiliar os profissionais da categoria artística afetados pelas cheias no Rio Grande do Sul.
Márcio Tavares iniciou a entrevista destacando a importância da cultura na retomada econômica e social do estado. Ele mencionou que muitas famílias dependem da cultura para sua subsistência, e que essas famílias foram duramente afetadas pelas inundações:
“Nós começamos a trabalhar desde o início da tragédia, parametrizando as ações com base na experiência da pandemia, mas com um agravante: além da parada do setor cultural, tivemos danos graves na infraestrutura cultural do estado”, explicou.
Para mitigar esses impactos, o Ministério da Cultura antecipou pagamentos pendentes, liberando cerca de R$ 8 milhões em maio e desbloqueando R$ 70 milhões de recursos da Lei Paulo Gustavo. Essas medidas emergenciais visam garantir que os profissionais do setor cultural possam começar a recuperação o mais rápido possível.
Tavares anunciou que, na próxima semana, serão apresentadas ações específicas para a recuperação do calendário de eventos e da empregabilidade no setor cultural. Essas ações incluem um programa robusto com empresas parceiras, além de um mapeamento extensivo dos danos ao patrimônio cultural do estado, feito em colaboração com o governo estadual, prefeituras e a UNESCO.
O secretário também mencionou a criação de uma linha de crédito de R$ 75 milhões para o setor audiovisual gaúcho, além de uma moratória de 12 meses para os créditos já contratados:
“Estamos trabalhando com todas as nossas forças para auxiliar o setor nessa retomada fundamental”, afirmou.
Desde os primeiros dias da tragédia, o Ministério da Cultura tem mantido uma presença ativa no estado, deslocando servidores de Brasília e mobilizando técnicos da UNESCO para avaliar e planejar a recuperação:
“Instituímos um comitê de governança para mapear os danos e elaborar projetos executivos aptos para captação de recursos ou financiamento direto da União”, explicou Tavares.
Márcio Tavares enfatizou a necessidade de reconstruir com resiliência às mudanças climáticas, incorporando novas demandas arquitetônicas para garantir que os prédios culturais sejam sustentáveis e preparados para futuros desastres:
“Estamos desenvolvendo protocolos e formação técnica para as instituições culturais, visando uma resposta adequada a ameaças climáticas”, disse.
Ao concluir a entrevista, Tavares reforçou o compromisso do Ministério da Cultura com a recuperação do setor cultural do Rio Grande do Sul:
“Vamos trabalhar firme pela recuperação cultural do nosso estado, sempre atentos às demandas da comunidade cultural gaúcha”, finalizou.
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