Segurança pública foi tema do “Passando a Limpo”

A segurança pública tem sido um assunto muito discutido nos últimos dias em Camaquã e na região. Os fatos que ocorreram no último mês deixaram a comunidade em alerta.

Este tema vem causando discussão em todos os municípios e ganhou grande repercussão nas redes sociais. A falta de segurança pública preocupa todos os cidadãos e traz números surpreendentes para a região.

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Na última quinta-feira (30), na reunião almoço da Associação Comercial e Industrial de Camaquã, os proprietários das farmácias assaltadas no último mês apresentaram os vídeos do momento em que os criminosos entraram em seus estabelecimentos e pediram que a comunidade de una para que seja tomada alguma providência.

Desde o mês passado foram contabilizadas duas escolas arrombadas, muitos comércios assaltados, além de assaltos a pedestres.

Os empresários camaquenses relataram estar tendo que conviver com a sensação se insegurança que tem assolado a todos. O medo fez com que vários proprietários reduzissem as horas de trabalho das empresas para evitar o principal horário que tem ocorrido os assaltos. Outra opção que algumas empresas adotaram foi o reforço à segurança privada. Confira o programa completo:

Para Luciano Barbosa, presidente do Sindilojas Costa Doce, a grande preocupação é que se não for tomada uma atitude, poderá acontecer alguma coisa mais grave, que não só danos materiais.

“Vários comerciantes nos ligaram se queixando dessa onda de assaltos em Camaquã, não estamos acostumados. Já marcamos uma audiência com o Prefeito Municipal, e estamos em contato com a Brigada Militar para tomar pé da situação e de alguma maneira, catalisar alguma atitude. Nós não podemos ficar parados assistindo esse crescimento que é muito demandado pela droga”, explicou Barbosa.

Segundo Barbosa, o grande problema é a falta de policiamento ostensivo, pois não é possível perceber a presença de policiais. “Vamos ter que construir sozinhos está solução”, finalizou Barbosa.

O Capitão do 30ºBMP, Marcelo Ferreira, foi enfático ao dizer que Camaquã pode ter certeza que a Brigada Militar não está passiva nesta situação, está acompanhando os índices e está ciente do aumentou desta sequencia de roubos ao comércio.

“Essa sequencia de roubos que são feitos aqui na cidade não foram feitos por um grupo só, isso é notório. A gente vê que tem indivíduos com uma determinada característica e o modo de agir. Uns agem com bastante calma, outros são mais agressivos, inclusive querendo “gravatear” clientes e bater com arma nos funcionários”, explicou Ferreira.

Sobre o corte de efetivo e redução de horas extras, o Capitão salientou que “o bandido também se informa, elesestão sabendo da nossa realidade”.

“O nosso efetivo vive Camaquã. Então pode ter certeza que o pessoal que trabalha na rua está indignado, estão fazendo abordagens, estão tentando identificar quem são os meliantes. E o resultado chegou com a prisão dos que roubaram o automóvel, em Guaíba”, enfatizou Ferreira.

O Capitão salientou ainda que a Brigada Militar está agindo e vai continuar agindo.

Para o Delegado Regional, Vladimir Urach, uma questão inegável, é de que todo o país está sofrendo com um problema financeiro, porém, por outro lado,o problema com as drogas é bastante importante, e tem afetado todas as cidades.

“Camaquã tem uma característica: aqueles que se utilizam do tráfico de drogas, quase todos os maiores se utilizam de menores para a venda, a receptação e os furtos a estabelecimento para trocar por drogas. Nós recomendamos sempre que os empresários, aqueles que têm condições, se utilizem sempre de meios que façam uma prevenção, como a instalação de câmeras de monitoramento”, explica o Delegado.

A Delegacia Regional da 29ª região policial tem 13.188 procedimentos policiais em aberto, e hoje, atua em 13 municípios, com 10 delegacias, 59 policiais, 54 agentes e 05 delegados. Estes cinco delegados responde cada um, por 02 delegacias.

“Nós elegemos três prioridades: em primeiro lugar, por ser o crime mais grave, o crime contra a vida;em segundo lugar, tráfico de drogas, porque a gente entende que combatendo esse delito a gente já combate o crime contra o patrimônio; em terceiro lugar, o roubo”, enfatiza Urach.

Urach falou que trabalha na segurança pública há 23 anos, e nesses anos está notando que ano a ano essa questão do “prende e solta” tem se agravado. Segundo ele, desde a promulgação da constituição de 1988, uma serie de direitos que foram estendidos aos infratores. Ainda segundo Urach, outra questão importante é que hoje, só se considera culpado após o julgamento, portanto, estas são questões que afetam a segurança geral, e essa questão de “prende e solta” acontece diariamente e acaba frustrando quem trabalha com isso, principalmente as vitimas.

“Nós temos em várias cidades, o problema de, depois de fazer uma prisão, ao recolher essas pessoas ao sistema carcerário, temos o problema da superlotação dos presídios. Na policia civil seriam necessários hoje, e estão previsto pra toda a região, 147 policiais civis, e hoje trabalhamos com apenas 59. Temos uma defasagem de 60% do pessoal. Nós fazemos sempre o melhor para atender a população, embora tenhamos esse problema de falta de pessoal. Se tivéssemos realmente esses 147 à situação seria outra”, finalizou Urach.

Redação de Jornalismo

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