Foto: Ilustração/Divulgação/Polícia Civil
Na sexta-feira santa, o Rio Grande do Sul foi palco de uma série de feminicídios, com pelo menos seis casos registrados em diferentes municípios do estado. Todas as ocorrências tiveram como suspeitos companheiros ou ex-companheiros das vítimas, e a maioria dos crimes aconteceu dentro de residências, evidenciando a gravidade da violência doméstica na região.
Os crimes ocorreram em Feliz, Parobé, São Gabriel, Bento Gonçalves, Viamão e Santa Cruz do Sul, trazendo à tona uma triste realidade de violência de gênero. A seguir, os detalhes de cada caso:
Em Feliz, um duplo homicídio ocorreu por volta da 1h30 na zona rural do distrito de Arroio Feliz. Raíssa Müller, de 21 anos, e Éric Richard de Oliveira Turato, de 24 anos, foram mortos a facadas pelo ex-namorado de Raíssa, Vinicius Britz, de 27 anos, que não aceitava o fim do relacionamento. O agressor foi encontrado caído na piscina da residência, com ferimento na cabeça causado por uma faca.
Em Parobé, uma mulher grávida de 25 anos foi assassinada a facadas na rua durante a madrugada. Moradores relataram gritos e pedidos de socorro antes do ataque, e o principal suspeito, ex-companheiro da vítima, fugiu após o crime.
No centro de São Gabriel, uma mulher de 47 anos foi morta com golpes de faca na região do pescoço pelo ex-companheiro, dentro de sua residência. O suspeito, de 54 anos, foi localizado na casa de familiares e tinha a arma utilizada no feminicídio.
Em Bento Gonçalves, uma mulher de 54 anos foi morta a facadas na região do pescoço por volta das 15h35. O suspeito, de 64 anos, foi preso pela Brigada Militar, que também apreendeu a faca utilizada no crime.
Viamão registrou uma morte a tiros dentro de casa, no bairro Santa Isabel. A vítima, de 50 anos, foi atingida pelo ex-companheiro, que fugiu após o feminicídio. A motivação estaria relacionada ao término da relação.
Por fim, em Santa Cruz do Sul, uma mulher foi morta com golpes de facão no bairro Bom Jesus. O ex-companheiro da vítima foi preso no local, ferido, e encaminhado ao hospital.
Esses casos evidenciam a urgência de ações efetivas para combater a violência de gênero e proteger as mulheres no estado.
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O feminicídio é um tipo específico de homicídio que ocorre quando uma mulher é assassinada por motivos relacionados ao gênero, ou seja, por ser mulher. Essa forma de violência extrema é reconhecida como uma violação dos direitos humanos e uma expressão de desigualdade de gênero, muitas vezes relacionada a contextos de violência doméstica, machismo ou discriminação.
De acordo com a legislação brasileira, o feminicídio está previsto na Lei nº 13.104/2015, que alterou o Código Penal e passou a considerar esse crime como uma circunstância qualificadora do homicídio. Isso significa que, ao cometer um feminicídio, o agressor pode receber uma pena mais severa, que varia de 12 a 30 anos de prisão, devido à gravidade do ato.
O crime de feminicídio pode ocorrer por diversos motivos, como ciúmes, vingança, controle, ou intolerância às mulheres por sua condição de gênero. Geralmente, esses crimes acontecem em contextos de violência doméstica ou familiar, mas também podem ocorrer em outros ambientes, como ruas ou espaços públicos.
Reconhecer o feminicídio é fundamental para combater a violência de gênero e garantir que as vítimas tenham seus direitos protegidos, além de promover uma sociedade mais justa e igualitária.
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