Sindicato emite nota sobre reunião do Comitê de Gestão de Crise de Camaquã

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Camaquã, por meio da presidente Sandra Maura Sampaio, divulgou neste domingo (29) o resultado dos votos da reunião do Comitê de Gestão de Crise. O encontro ocorreu na última sexta-feira (27) na prefeitura municipal.

A reunião que contou um membro titular ou suplente de diversos órgãos de Camaquã que aprovou a abertura do comércio para a próxima quarta-feira (01). Conforme a nota divulgada, a presidente do sindicato votou contra a abertura e afirma que “infelizmente, os mais prejudicados serão os trabalhadores, aqueles que realmente fazem a roda da economia girar e nosso povo mais humilde, que tem menos acesso a informação e condições”.

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De acordo com o documento, proposta da área da saúde acabou derrotada pela classe empresarial

Confira:

NOTA À POPULAÇÃO

O novo coronavírus (covid-19) chegou a nossa região e precisamos buscar a melhor maneira para enfrentar essa realidade. Tivemos a oportunidade de assistir o exemplo de outros países e cidades do mundo, como de Milão na Itália, e que após o início da quarentena, cedeu à pressão de empresários e optou pela economia afirmando que “Milão não podia parar”, e como resultado de sua ação, mais de 5 mil pessoas morreram. Hoje, o prefeito se diz arrependido e afirma que não havia entendido a violência do vírus.

Camaquã vive situação semelhante a outras tantas cidades do mundo. Logo após o início da quarentena, o Prefeito cede à pressão de empresários e entidades e volta abrir o comércio. Caminhamos para situação semelhante à relatada e na eminência de uma situação muito grave de alastramento do contágio. A hora de mudar é agora, para se evitar perdas de vidas e impactos ainda mais sérios na economia.

O Sindicato dos Comerciários de Camaquã não concorda com as decisões tomadas pelo Comitê de Crise Interinstitucional e vem a público informar a sociedade camaquense que as decisões devam ser embasadas por questões técnicas, orientações e protocolos da OMS, autoridades de saúde, pelo Ministério da Saúde e pelo exemplo de outros países.

Na reunião do Comitê, dia 27/3, a proposta que prevaleceu foi apresentada pelo Senhor Otávio Moraes, e contou com o apoio da Acic, Farsul e Fecomércio. A proposta era de voltar com as atividades do comércio a partir de quarta-feira, 1º de abril, com 50% dos funcionários. A proposta foi apoiada por Otávio Moraes, Sindilojas, Costa Doce; Kátia Szczepaniak, ACIC – Associação Comercial e Industrial de Camaquã; Paulo Griebeler, Sindicato Rural de Camaquã; Lindomar Bergmann, Sindicato dos Trabalhadores Rurais; Ivana de Paula, Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores; José Carlos Gross, Associação dos Arrozeiros de Camaquã.

O Sindicato dos Comerciários de Camaquã, representado por Sandra Maura Sampaio, e Lizete Oliveira, presidente do Conselho de Saúde de Camaquã, apresentaram a proposta de manter o decreto do Prefeito Ivo, que previa o fechamento do comércio por 14 dias e na terça-feira, 31 de março, reavaliar a situação baseados em dados técnicos e nas opiniões dos profissionais de saúde, sendo apoiada por Cleber Dornelles, FUNBECA – Fundação Assistencial e Beneficente de Camaquã (HNSA); Sandra Maura, Sindicato dos Comerciários; Lizete Oliveira, Conselho Municipal de Saúde; Luciano Pereira Dias, secretário de Saúde de Camaquã; Ivo de Lima Ferreira, prefeito de Camaquã.

Abrindo o comércio agora, momento em que os organismos nacionais e internacionais de sáude afirmam que deve ocorrer o pico de propagação do vírus, faremos com o sistema de saúde do município entre em colapso. Mantendo apenas serviços essenciais, respeitando a quarentena, faremos com que o vírus tenha uma disseminação lenta e pouco agressiva, garantindo assim que o sistema de saúde possa atender a todos.

Infelizmente, os mais prejudicados serão os trabalhadores, aqueles que realmente fazem a roda da economia girar e nosso povo mais humilde, que tem menos acesso a informação e condições. Mesmo reconhecendo a gravidade da situação sob os aspectos econômicos, tenho convicção de que a economia é possível recuperar, a vida não. Lutemos pela Vida!

Sandra Maura Sampaio, presidente do Sindicato dos Comerciários de Camaquã.

Redação de Jornalismo

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