SindiSaúde não descarta greve por atraso e falta de reajuste de salários no hospital de Camaquã

Na manhã desta quarta-feira (19), o presidente do SindiSaúde-RS, Julio Jesien, concedeu uma entrevista à Rádio Acústica FM, onde abordou a atual situação do Hospital Nossa Senhora Aparecida, em Camaquã. Durante a entrevista, Jesien destacou a possibilidade de uma greve devido ao atraso no pagamento de salários e à falta de reajuste para os trabalhadores da saúde.

Jesien ressaltou a importância do hospital, que atende a 16 municípios da região, e a necessidade de discutir a situação financeira da instituição. Ele mencionou que o hospital enfrenta uma dívida histórica, com mais de uma centena de processos relacionados a verbas rescisórias pendentes desde gestões anteriores:

“A dívida do hospital vem crescendo e gerando problemas que afetam diretamente os trabalhadores”, afirmou.

O presidente da entidade criticou o atraso no pagamento dos salários dos servidores, que ocorreu devido a uma retenção de valores pelo judiciário. Embora o hospital tenha conseguido pagar parte dos salários, o complemento do piso da enfermagem ainda não foi realizado. Jesien destacou que essa situação não é nova e que outras questões, como insalubridade e FGTS, também permanecem sem solução.

O presidente do SindiSaúde-RS criticou a falta de financiamento adequado para os hospitais filantrópicos no Rio Grande do Sul, enfatizando que a situação do Hospital de Camaquã não é uma exceção, mas parte de um problema maior que afeta diversas instituições de saúde no estado:

“O governo do estado precisa dar mais atenção aos hospitais filantrópicos”, disse.

Jesien também mencionou que, apesar de manter um diálogo com a direção do hospital, não há compromissos formalizados para regularizar os pagamentos pendentes. Ele afirmou que o sindicato está preparado para convocar uma assembleia que pode resultar em uma greve, caso não haja uma proposta razoável para resolver a situação:

“Se não houver uma proposta que contemple o pagamento imediato dos trabalhadores, a possibilidade de greve não está descartada”, alertou.

Conforme o presidente, a expectativa é que, durante uma reunião marcada para a próxima sexta-feira (21), a direção do hospital apresente uma solução para os problemas financeiros. Jesien concluiu a entrevista enfatizando a importância do diálogo e da colaboração entre os municípios para garantir a sobrevivência do hospital e a dignidade dos trabalhadores da saúde.

Confira a posição da entidade sobre a situação do hospital de Camaquã

 

Bruno Bonilha

Comunicador na Rádio Acústica FM.

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