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SUS solicita exame sete meses após morte de paciente em Alvorada

Uma carta encaminhada pela Secretaria Municipal da Saúde de Alvorada para que Lea Lucas Gomes Ribeiro, falecida há sete anos, fosse agendar uma consulta para ecografia abdominal chocou e revoltou sua família. A consulta, que ocorreria na próxima segunda-feira, foi solicitada em 2007, há 10 anos, quando Lea começou a sentir os primeiros sintomas de um câncer que, depois, se espalharia para órgãos do sistema digestivo e a levaria à morte, aos 55 anos.

Apesar de ter sobrevivido a um câncer de mama em 2005, Lea foi surpreendida com um novo câncer no pulmão em 2007. A doença evoluiu para uma metástase, que se espalhou para o fígado e o intestino.

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Nos primeiros sintomas de incômodo no sistema digestivo, ainda desconhecendo a doença, ela procurou o posto de saúde próximo a sua residência, em Alvorada, no bairro Salomé. Na ocasião, o médico solicitou uma ecografia abdominal para avaliar o quadro de saúde da paciente.

A doença se agravou, e Lea teve algumas internações no Hospital de Clínicas, pelo SUS, nos anos seguintes.

“Fico pensando em quantas pessoas aguardam por algum procedimento que possivelmente não estarão mais vivas para realizar. Minha mãe realizou todo o tratamento de forma gratuita e com muita qualidade. Infelizmente a doença venceu. Mas, apesar deste trise caso, sigo acreditando no potencial do SUS e espero que episódios como esse não se repitam mais” conta Paola, filha de Lea.

 

O que diz a prefeitura de Alvorada

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde de Alvorada, algumas cirurgias e exames demoram um tempo para serem realizadas. Quando não existem na rede municipal, os pacientes são encaminhados para Porto Alegre.

“A imprudência no caso da carta encaminhada para Lea foi um erro no sistema de regulação. O sistema está migrando do Aghos para Gergom. O sistema antigo não cruzava informações com o cartão do SUS quando uma pessoa morria. Hoje, o Gercom avisa quando algum paciente falece. Infelizmente, o sistema não identificou a morte de Lea” explica Guilherme Oliveira, diretor da Secretaria Municipal de Saúde de Alvorada.

Redação de Jornalismo

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