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Taxa de desemprego recua para 8,0%, menor taxa para um trimestre terminado em junho desde 2014

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, a taxa de desocupação média brasileira foi de 8,0% no trimestre encerrado em jun/23. Em relação ao trimestre anterior (encerrado em mar/23), quando a taxa foi de 8,8%, houve decrescimento. Em relação ao mesmo trimestre de 2022 (9,3%), também foi verificada queda da taxa. A taxa de participação da população em idade ativa na força de trabalho está em 61,5%, ficando estável em relação ao trimestre imediatamente anterior (61,6%), mas com queda na comparação com o mesmo período de 2022 (62,6%). A queda da taxa de participação tem sido um fenômeno observado no Brasil desde a pandemia. Se a taxa de participação fosse a mesma do segundo trimestre de 2022, a taxa de desocupação estaria em 9,5%.

O contingente de desocupados teve queda de 8,3% ante o trimestre anterior, e caiu 14,2% em relação ao trimestre encerrado em jun/22. Assim, o contingente de pessoas desocupadas totalizou de 8,6 milhões de pessoas. No mesmo período de 2022 essa população era de 10,1 milhões. A população ocupada aumentou 1,1% na comparação com o último trimestre encerrado em mar/23, e alta de 0,7% em relação ao trimestre de jun/22. Na comparação com o trimestre anterior, o crescimento da população ocupada foi motivado pelo aumento do número de empregados sem carteira assinada, elevando a taxa de informalidade do mercado de trabalho para 39,2%.

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O rendimento real médio das pessoas ocupadas foi de R$ 2.921 no trimestre encerrado em jun/23, crescendo 6,2% na comparação com o período do ano anterior e, ficou estável em relação ao trimestre imediatamente anterior (-0,2%). A massa de rendimento real teve aumento de 7,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação com o trimestre anterior houve estabilidade estatística (0,0%).

Os dados da PNAD mostram que o mercado de trabalho está com a ociosidade bastante reduzida, em parte pela geração de ocupações, mas também pela redução de taxa de participação. Ainda não há estudos qualificados que expliquem a queda da taxa de participação no país, mas é algo que preocupa. Com a queda da taxa de crescimento da população e com a dificuldade de elevar a produtividade do trabalho, tem-se aí um limitador do crescimento do Brasil.

Texto: Senac

Geovana Jacobsen

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