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Testemunha de acusação desiste de prestar depoimento em julgamento do caso Eliseu por se sentir ameaçada

Mais um júri do caso de assassinato do secretário da Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, em 2010, começou nesta quarta-feira (19), na Capital. Dessa vez, está sendo julgado Jorge Renato Hordoff de Mello, acusado de ser um dos mandantes do crime.  Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), Jorge Renato estaria revoltado porque o secretário teria descoberto um esquema de corrupção envolvendo a empresa dele, a Reação.

Jorge Renato é o quarto réu a ir a júri. Ele responde pelos crimes de homicídio qualificado (na condição de mandante), adulteração de sinal identificador de veículo automotor e corrupção ativa. Ele chegou a ser preso no decorrer do processo, mas atualmente está em liberdade. A viúva de Eliseu Santos prestou depoimento como testemunha da acusação. Ela havia sido testemunha do  julgamento de Robinson Teixeira dos Santos, que foi condenado a mais de trinta anos de cadeia. Segundo o MP, Robinson era o motorista do grupo criminoso no dia da morte. Denise reafirmou que Eliseu relatou sofria ameaças há meses antes do crime e que no dia da morte do ex-secretário de saúde de Porto Alegre,  os autores do homicídio chamaram Eliseu pelo nome.

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O fato que mais chamou atenção nesta manhã, foi a desistência de uma das testemunhas para prestar depoimento. O advogado Leudo Costa, que atuou para o acusado Jorge Renato de Mello, se negou a dar mais detalhes. Ele disse que foi ameaçado de morte recentemente e se limitou a confirmar informações do depoimento anterior no julgamento de Robinson dos Santos.

A terceira testemunha do caso, o policial Sylvio Edmundo dos Santos Edmundo dos Santos, que teve uma grande influência na mudança de rumos dos caso, prestou depoimento no final da manhã. Ele afirmou que na época trabalhava na Delegacia de Homicídios, a pertencia ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Na noite de 26 de fevereiro de 2010, quando Eliseu foi assassinado no bairro Floresta, em Porto Alegre, na saída de um culto religioso, o policial estava de folga, mas foi chamado para auxiliar no caso. O policial contou que no local identificou testemunhas para tentar compreender a dinâmica do crime. Sobre a atuação dos criminosos, disse acreditar que não se tratava do tipo de comportamento de alguém que pretendesse roubar um veículo. Na época, a morte de Eliseu acabou sendo concluída pela Polícia Civil como um latrocínio (roubo com morte), pelo entendimento de que os bandidos tinham tentado roubar o carro da vítima, que acabou morta a tiros. Sylvio disse que teve a carreira na polícia prejudicada após o caso Eliseu. 

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.

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