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“Um impacto no bolso, nosso feijão e arroz de todo o dia ficará mais caro”, diz presidente da Acic

A presidente da Associação Comercial Industrial de Camaquã (ACIC), Carla Roxo, concedeu entrevista ao Programa Primeira Hora na manhã desta terça-feira (26). Em pauta, a entidade manifesta-se contra os decretos do Governador Eduardo Leite que aumentam impostos sobre alimentação dos gaúchos, retirando renda das famílias, comprometendo empregos, negócios e a viabilidade de pequenos agricultores familiares.

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Os preços dos alimentos que compõem a cesta básica vão subir, a partir de 1º de abril. O Governo do Estado continua insensível aos apelos da sociedade. Frutas e verduras, leite, pão, carnes, ovos e demais itens da Cesta básica, necessários e saudáveis, ficarão mais caros. O resultado disso é menos produtos na mesa dos gaúchos e menos renda para milhares de produtores rurais. Governador, esperamos que não avance nessa proposta.

A presidente da Acic, Carla, junto aos colegas da entidade, Claunei Carvalho Szczepaniak, Renato Medina Centeno e Luis Eduardo da Silveira Ferrão destacaram que na próxima quarta-feira (27), ocorrerá uma votação na Assembleia do Estado, onde será discutida a constitucionalidade dos decretos do Governo. Já no dia 1º oficializa-se a criação de uma nova cesta-básica composta por:

  • Café torrado moído;
  • Sal;
  • Açúcar;
  • Banha suína;
  • Conserva de frutas;
  • Farinha de trigo;
  • Leite;
  • Mistura de pastas para o preparo de pães;
  • Cremes vegetais.

Alimentos Retirados da Cesta-Básica conforme listagem disponível pela Acic

  • Arroz;
  • Batata;
  • Carnes;
  • Cebola;
  • Feijão;
  • Hortaliças;
  • Frutas e Verduras;
  • Massas;
  • Ovos;
  • Pães e Peixes.

Conforme os gestores, a ACIC expressa sua discordância em relação a esta nova resolução dos decretos do Governo Estadual. A retirada de alimentos tão essenciais da cesta básica traz sérias preocupações quanto ao acesso à alimentação adequada para a população gaúcha, especialmente para as famílias de baixa renda.

A cesta-básica sofrerá uma mudança de itens e de tributação, onde a carga tributária estipulada em 7% de ICMS sofrerá um reajuste para 12%:

“Um impacto no bolso da população, nosso feijão e arroz de todo o dia ficará mais caro”, diz a presidente da Acic, Carla Roxo.

Foto: Diego Costa/Acústica FM

A entidade estará presente no dia 1º de abril, junto a outras lideranças regionais para protestar contra o reajuste se concretizado. Nesta mobilização será disponibilizado um ônibus para a mobilização da comunidade.

 

A Federasul em nota, colocou o posicionamento de diversas entidades parceiras que junto a Acic se mobilizam contra o reajuste

As falas dos líderes empresariais

Em continuidade ao painel ocorreu a manifestação de lideranças do setor produtivo gaúcho.

O presidente da AGAS, Antônio Cesa Longo, disse que a decisão do Governo de aumentar produtos da cesta básica é um mau exemplo para o País. Entende que o Governo deve rever os decretos especialmente porque o consumidor não tem como pagar essa conta. “O setor supermercadista diz não aos aumentos e sim aos alimentos”.

O presidente da Aclame, associação da classe média, Fernando Bertuol, disse que o grande desafio do setor produtivo é fazer chegar ao conhecimento de toda população que a retirada dos incentivos vai atingir a todos, lembrando que o ICMS está embutido nos preços dos produtos.

O presidente da FAGV, Vilson Noer, destacou que a redução de renda para consumir vai provocar queda nos empregos. Entende que os governantes precisam se adaptar as receitas e não aumentar impostos. “Essa ânsia de aumentar impostos vai produzir um estrago gigantesco na economia gaúcha”, afirmou.

O presidente da Federação Varejista do RS, Ivonei Pioner, também entende que não há mais espaços para aumentos de impostos que visam sustentar a estrutura do Estado. Argumentou que aumento vai atingir a toda sociedade, prejudicando os menos favorecidos.

O presidente do Setcergs, Sérgio Gabardo, disse que os cerca de 30 mil transportadores gaúchos são contra os decretos do Governo. Defende que o Governo trabalhe para atrair novas empresas e não aumentar impostos que onerem as já existentes.

O presidente do Sindilojas POA, Arcione Piva, defendeu a permanência da mobilização do setor produtivo na luta contra os decretos do Governo. Entende que é necessário buscar outras alternativas considerando que os empresários precisam trabalhar com previsibilidade e planejamento.

Confira a entrevista dos gestores da Acic na íntegra

Bruno Bonilha

Comunicador na Rádio Acústica FM.

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