Universidades iniciam neste sábado segunda fase da pesquisa contra Covid-19 no RS

O primeiro estudo a levantar a proporção de casos de coronavírus na população do RS inicia a segunda fase da pesquisa inicia neste sábado (25), com a meta de realizar 4,5 mil testes rápidos e entrevistas em nove cidades gaúchas até a segunda-feira (27).

A pesquisa inédita, encomendada pelo Governo do Rio Grande do Sul à Universidade Federal de Pelotas (UFPel), irá mapear os casos de coronavírus no estado, avaliar a velocidade de disseminação da Covid-19 e fornecer subsídios para estratégias de saúde pública baseadas em evidências científicas.

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“O grande diferencial de nosso estudo é fazer o levantamento global de quantas pessoas já tiveram contato com o vírus, independentemente de apresentarem sintomas, além de acompanhar a evolução quinzenal do contágio no estado”, afirma o coordenador geral da pesquisa e reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal. “Essa segunda etapa vai permitir uma compreensão mais clara do avanço do vírus em diferentes regiões”, acrescenta.

O cronograma da pesquisa tem quatro rodadas de exames e entrevistas, realizadas em intervalo de duas semanas entre cada uma. A segunda fase ocorre neste fim de semana, entre os dias 25 e 27 de abril – exatamente quinze dias depois da primeira, que aconteceu no último feriado de Páscoa, de 11 a 13 de abril. As próximas fases estão programadas para 9 a 11 de maio e 23 a 25 de maio.

Estudo mobiliza rede de doze universidades e tem apoio de órgãos de segurança pública

Para realizar as entrevistas e testes rápidos para a Covid-19 na população, entrevistadores da pesquisa irão visitar quinhentos domicílios neste fim de semana em cada uma das cidades sentinela das regiões demográficas do RS segundo critérios do IBGE: Pelotas, Porto Alegre, Canoas, Santa Maria, Uruguaiana, Santa Cruz do Sul, Ijuí, Passo Fundo e Caxias do Sul. Ao todo, são 4,5 mil participantes da amostra. Em cada município, são sorteados aleatoriamente os domicílios que entram no estudo; e em cada domicílio, um novo sorteio determina o morador que irá realizar o teste rápido.

“É muito importante que os moradores recebam os entrevistadores e participem do estudo para que possamos coletar as informações necessárias e estimar a real dimensão do coronavírus na população”, comenta a epidemiologista Mariângela Silveira, que integra a comissão de pesquisa na UFPel.

Todos os entrevistadores – profissionais voluntários da área de saúde – têm identificação do estudo e vestem equipamentos de proteção individual – máscaras, óculos, luvas e jalecos. A pesquisa tem o apoio das secretarias de saúde, centros de vigilância epidemiológica e órgãos de segurança pública dos municípios. “Sabemos que muitos moradores têm receios de golpes. Em caso de dúvida, pedimos que liguem para o telefone da Brigada Militar ou Guarda Municipal para checar a abordagem em suas casas. Esses órgãos também estão informados sobre os locais de atuação da pesquisa”, completa a pesquisadora.

Durante a visita, os entrevistadores aplicam um breve questionário e coletam uma amostra de sangue (uma gota) da ponta do dedo do participante, que será analisada pelo aparelho de teste em aproximadamente 15 minutos. O teste rápido detecta a presença de anticorpos, que são defesas produzidas pelo organismo somente depois de sete a dez dias da data de contágio pelo vírus. Dentro desse período, o resultado pode apontar negativo, mesmo que a pessoa tenha contraído o coronavírus. Em caso de resultado positivo, os participantes recebem um informativo com orientações e, em seguida, são contatados para acompanhamento e suporte da secretaria de saúde local.

O estudo coordenado pela UFPel mobiliza uma rede de doze instituições de ensino superior pública e privadas: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos); Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc); Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Universidade Federal do Pampa (Unipampa/Uruguaiana); Universidade de Caxias do Sul (UCS); IMED, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/Passo Fundo), Universidade de Passo Fundo (UPF) e Universidade La Salle (Unilasalle).

Os custos do estudo, de R$ 1,5 milhão, têm financiamento da Unimed Porto Alegre, do Instituto Cultural Floresta, também da capital, e do Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro.

Os resultados serão divulgados por integrantes da coordenação do estudo e do Governo do RS em aproximadamente 48 horas após a finalização de cada rodada do inquérito populacional.

Para saber mais sobre os resultados da primeira etapa da pesquisa, acesse o site do Centro de Epidemiologia da UFPel em .

Redação de Jornalismo

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