O pão é presença constante na mesa do café da manhã, especialmente em países como a Espanha, onde mais de 90% da população tem o hábito de consumi-lo logo ao acordar. Mas, essa prática pode ser prejudicial, principalmente para quem já enfrenta problemas como obesidade, diabetes tipo 2 ou resistência à insulina.
Ao comer pão logo após o jejum noturno, o corpo interrompe o uso da gordura como fonte de energia e começa a acumular mais gordura, especialmente no fígado.
Interrupção da queima de gordura
Durante a noite, o organismo mantém a insulina em níveis baixos, o que permite o uso da gordura armazenada como combustível. No entanto, ao consumir pão logo cedo, ocorre um pico de glicose no sangue. Isso leva a uma grande liberação de insulina, que bloqueia esse processo de queima natural de gordura.
O pão branco, por exemplo, é rapidamente transformado em açúcar. Quando essa energia não é utilizada de imediato, ela acaba sendo armazenada em forma de triglicerídeos. Mesmo o pão de fermentação natural, apesar de ser considerado mais saudável, ainda causa respostas significativas de glicose e insulina.
Problemas metabólicos podem se agravar
Pães feitos com farinha branca têm alto índice glicêmico. Isso significa que são absorvidos rapidamente e elevam de forma brusca os níveis de açúcar no sangue. Esse aumento gera uma reação intensa da insulina, o que pode dificultar o controle de peso e agravar problemas de saúde já existentes.
Para quem sofre com distúrbios metabólicos, como resistência à insulina ou esteatose hepática, esse efeito pode ser ainda mais problemático. Comer pão com frequência, principalmente pela manhã, favorece o acúmulo de gordura abdominal, um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Alimentos mais equilibrados para começar o dia
Diante desses riscos, especialistas recomendam substituir o pão por alimentos que liberam energia de forma mais estável. Entre as opções indicadas estão ovos, abacate, castanhas, iogurte natural sem açúcar, aveia integral e pães com alto teor de fibras e sementes.
Esses alimentos ajudam a manter a glicose estável, prolongam a saciedade e oferecem mais nutrientes ao corpo. Além disso, reduzem os picos de insulina, contribuindo para uma saúde metabólica mais equilibrada.