Um ano após a maior enchente da história do Rio Grande do Sul, o g1 e o cinegrafista Aryel Martins, da RBS TV, voltaram a locais emblemáticos atingidos pela tragédia. As imagens mostram o contraste entre o caos vivido em maio de 2024 e a tentativa de reconstrução.
Durante o pico da cheia, o nível do Guaíba chegou a 5,37 metros, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil. A medição foi feita no dia 5 de maio, no Cais Mauá, e representa o maior volume de água já registrado em Porto Alegre.
Tragédia parou a capital gaúcha
A inundação atingiu não só ruas e bairros residenciais, mas também pontos turísticos e estruturas importantes. O Aeroporto Salgado Filho, a Estação Rodoviária e o Trensurb tiveram suas operações suspensas.
O Mercado Público, o monumento do Laçador, a Praça da Alfândega e os estádios Beira-Rio e Arena do Grêmio também foram atingidos por alagamentos severos.
Marcas da destruição ainda são visíveis
A enchente deixou rastros em quase todos os municípios do estado. As regiões mais devastadas foram a Região Metropolitana e o Vale do Taquari. Foram 184 mortes confirmadas e 25 pessoas seguem desaparecidas.
Milhares de famílias perderam suas casas. Em resposta, voluntários de todas as partes do país se uniram para oferecer ajuda aos atingidos, mostrando um lado solidário em meio ao caos.
Aeroporto levou mais de sete meses para reabrir
O Aeroporto Salgado Filho voltou a operar 24 horas por dia em 16 de dezembro. A pista, com 3,2 mil metros, está completamente liberada.

Antes disso, no dia 18 de outubro, o governo organizou uma reabertura simbólica. Poucos dias depois, o primeiro voo comercial pousou novamente no aeroporto.

Cultura também foi atingida, mas se reergueu
A Casa de Cultura Mario Quintana ficou quase quatro meses fechada. O espaço, que recebia cerca de 30 mil visitantes por mês antes da tragédia, reabriu ao público no dia 13 de agosto.

Na reabertura, foi inaugurada a exposição “Reflexos da Emergência”, do fotógrafo sul-africano Gideon Mendel, conhecido por registrar desastres climáticos ao redor do mundo. O artista veio a Porto Alegre documentar a enchente no estado.
