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Dinossauro que voava igual a galinha e tinha penas

Por Júlia Martins
24/05/2025
Em Variedades
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Foto: Michael Rothman/Nature/Reprodução

Foto: Michael Rothman/Nature/Reprodução

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Em 1861, cientistas descobriram o Archaeopteryx — um dinossauro com penas — em calcários com 150 milhões de anos em Solnhofen, na Alemanha. Eles não sabiam na época, mas aquele esqueleto fossilizado, e os vários que vieram depois, forneciam uma peça-chave de evidência para a teoria da evolução, assim como para o fato de que as aves eram, na verdade, dinossauros.

Os espécimes de Archaeopteryx “talvez mais do que qualquer outro fóssil, mudaram a forma como vemos o mundo”, disse Jingmai O’Connor, paleontóloga do Field Museum, em Chicago.

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Um fóssil que ainda surpreende

Ao longo de 164 anos, pesquisadores examinaram cada detalhe dos espécimes disponíveis, tentando desvendar como as aves passaram a voar. Por isso, poderia se esperar que uma espécie fóssil tão estudada já não fosse mais capaz de surpreender.

Mas, em um artigo publicado nesta quarta-feira na revista Nature, a Dra. O’Connor e uma equipe de pesquisadores revelaram tecidos moles e detalhes esqueléticos até então inéditos de um novo espécime, conhecido como Archaeopteryx de Chicago. O que eles encontraram também ajuda a explicar por que alguns dinossauros com penas conseguiram sair do chão, ainda que apenas para voos curtos.

Decifrar as habilidades de voo do Archaeopteryx e como ele se encaixava em seu ambiente sempre foi complicado, disse a Dra. O’Connor. A maioria dos espécimes foi achatada de forma quase caricatural pela geologia, tornando difícil discernir detalhes ósseos importantes. E, embora os primeiros descobridores e a maioria dos cientistas modernos tenham concluído que a espécie provavelmente era capaz de decolar, certas características corporais deixavam os paleontólogos em busca de mais dados.

Tecnologia a serviço da ciência

O mais recente espécime, adquirido pelo Field Museum em 2022 e exposto ao público desde 2024, permitiu que a equipe da Dra. O’Connor começasse a resolver algumas das incertezas anatômicas.

Quando o fóssil chegou ao museu, ele não parecia muito promissor. O espécime era da mesma cor da rocha ao redor e a maioria dos restos de tecidos moles era difícil de ver, disse a Dra. O’Connor.

Os pesquisadores escanearam o fóssil com tomografia computadorizada (CT scan), criando um mapa digital do esqueleto para guiar a preparação da laje. Eles também tinham uma arma secreta: por uma peculiaridade da química, restos de tecidos moles preservados em certos sedimentos brilham sob luz ultravioleta, permitindo à equipe evitar a remoção acidental de penas ou texturas de pele ao expor os ossos. Essa técnica não estava disponível para os preparadores de fósseis no século XIX.

Um dinossauro que mais corria do que voava

Diferentemente de outros espécimes, os ossos do Archaeopteryx de Chicago foram preservados em três dimensões, e a equipe da Dra. O’Connor pôde avaliar melhor o palato do crânio. Isso revelou os primeiros sinais de uma trajetória evolutiva em direção aos crânios das aves modernas, que são mais móveis do que os das aves pré-históricas, segundo a Dra. O’Connor.

Em outro feliz acidente de fossilização, as asas da carcaça se separaram do corpo, ficando “claramente e primorosamente preservadas”, disse a Dra. O’Connor. Ao analisá-las de perto, a equipe confirmou que, ao contrário do que se observou em espécimes anteriores, que apresentavam duas camadas de penas nas asas, o Archaeopteryx na verdade tinha três. Nas aves modernas, essa terceira camada ajuda a ligar o antebraço mais curto ao corpo para criar uma superfície contínua de sustentação, o que permite manter o voo.

A Dra. O’Connor observou que o formato das asas contrasta com o de outros dinossauros com penas que não eram aves, cujas penas longas “param abruptamente no cotovelo”, segundo ela, o que as tornava úteis, mas no fim das contas apenas decorações incapazes de voar.

Embora a ausência de um osso esterno ainda indique que a ave provavelmente era uma voadora relativamente fraca, as almofadas nos dedos dos pés preservadas no Archaeopteryx de Chicago reforçam a suposição de que a espécie era bem adaptada à vida no solo, disse a Dra. O’Connor. A espécie, portanto, teria vivido como uma galinha ou um papa-léguas do período Jurássico: capaz de voar em curtas distâncias quando necessário, mas preferindo correr.

As novas características relatadas são um bom acréscimo ao conhecimento já existente sobre o Archaeopteryx, e oferecem suporte direto às hipóteses atuais sobre as habilidades da espécie e sua relação com as origens do voo, disse Michael Pittman, paleontólogo da Universidade Chinesa de Hong Kong que não participou do estudo.

Júlia Martins

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