Nos próximos anos, a indústria de alimentos não será dominada pelas grandes marcas. Quem vai sair na frente são os produtores que apostarem em clareza, valores e inovação. Especialistas apontam cinco caminhos que estão mudando o jeito de produzir e vender comida. Confira abaixo as principais apostas para o setor.
Já não basta dizer que é saudável. O consumidor quer saber de onde vem cada ingrediente, como foi feito e qual o impacto no corpo e no planeta. As novas gerações, especialmente os jovens da geração Z, leem rótulo por rótulo. Se o produto parece uma mistura química, ele fica fora do carrinho.
A aposta agora é na transparência radical. Algumas marcas já incluem QR codes na embalagem, levando o cliente direto às informações sobre origem, testes e processos.
Produtos mais limpos
Não é só o público que exige mudanças. Autoridades também estão banindo ingredientes tóxicos. Na Europa e nos Estados Unidos, alguns aditivos já foram proibidos. A tendência é que o Brasil siga o mesmo caminho.
Essa é a chance para marcas menores. Como são mais ágeis, podem adaptar a produção com mais facilidade do que as grandes empresas. Dica prática: fique de olho no que está sendo proibido lá fora. Antecipar essas mudanças pode dar vantagem.
A briga agora é na geladeira
Muita gente não percebe, mas o setor de hortifrúti virou ponto estratégico. É a primeira área visitada nos supermercados — e onde os produtos ganham visibilidade. O que está refrigerado, passa a sensação de frescor e qualidade.
Quem pretende entrar nesse setor precisa cuidar da apresentação, validade e embalagem. Não adianta ter um bom produto se ele não se destaca na gôndola certa.
Selos só valem se tiverem credibilidade
Certificações como “orgânico” ou “sem glúten” já foram suficientes para conquistar o público. Hoje, não é mais assim. O consumidor quer saber quem está por trás do selo e se aquilo realmente faz diferença na saúde.
Uma nova onda de certificações começa a olhar o produto como um todo, e não apenas a origem dos ingredientes. A pergunta agora é: esse alimento é ultraprocessado? Ele faz bem? A dica é simples: escolha selos que combinem com a proposta da marca e saiba explicar o que eles significam.
Comida com propósito conquista espaço
Hoje, ninguém compra só pelo sabor. As pessoas querem saber a história por trás do produto. O que aquela marca defende? Qual a causa por trás da receita? Essas respostas são decisivas na hora da compra.
Para quem está começando, isso pode ser um diferencial importante. Mostrar o rosto, contar por que a marca existe e o que ela busca transmite verdade e cria conexão.
A indústria de alimentos está em movimento. A mudança não é só no prato, mas na forma de produzir, comunicar e vender. Para os pequenos negócios, pode parecer difícil. Mas quem aposta na verdade e nos valores certos, pode conquistar um espaço valioso, tanto nas prateleiras quanto no coração do consumidor.