Ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa estão começando a fazer parte do dia a dia de pesquisadores em todo o mundo. Um estudo feito pela editora científica Wiley, com quase 5 mil cientistas de mais de 70 países, mostra que o uso ainda é restrito a algumas funções, mas deve se tornar comum em breve.
No Brasil, 143 pesquisadores participaram da pesquisa. A maioria acredita que, dentro de dois anos, a IA estará integrada à prática científica.
Melhor que humanos em tarefas específicas
O levantamento mostra que, em certas tarefas acadêmicas, a IA já é vista como mais eficiente do que os próprios pesquisadores. São exemplos disso a produção de resumos a partir de artigos, a geração de conteúdos educativos, a checagem de plágio e a organização de referências.
Ela também se destaca em atividades como o mapeamento de possíveis colaboradores e o monitoramento de novas publicações em áreas específicas.
Mas ainda não substitui o olhar humano
Apesar disso, os cientistas acreditam que há tarefas em que o ser humano segue indispensável. A escolha de revistas para publicação, a previsão de tendências na área, a seleção de revisores e a busca por financiamento são algumas delas.
Além disso, a falta de transparência nos dados que treinam os modelos preocupa. Quase dois terços dos entrevistados afirmaram que não usam a IA tanto quanto gostariam por não haver orientação ou capacitação adequadas.