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Enchente no Rio Grande do Sul deixa marcas psicológicas na população

Por Júlia Martins
26/05/2025
Em Variedades
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Foto: Reprodução/RBS TV

Foto: Reprodução/RBS TV

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A cidade de Eldorado do Sul foi uma das mais atingidas pela enchente do Rio Jacuí, em maio de 2024. A água invadiu a casa de Suzana, chegando a 1,4 metro, e ficou parada por três semanas. O estrago foi grande: móveis e eletrodomésticos destruídos e o carro submerso, que nunca mais funcionou.

Um ano depois, Suzana ainda enfrenta as consequências da enchente. Diagnosticada com síndrome do pânico, sua principal renda vem do auxílio-doença do INSS, complementado com a venda de doces e salgados.

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Durante a enchente, ela precisou sair de casa às pressas com a filha e o gato. Perdeu o contato com o filho de 19 anos, que ficou desaparecido por mais de uma semana. “Ele passou dois dias em cima de um telhado, com fome e frio. Pensei que ele tivesse morrido”, contou ela em entrevista à Folha de São Paulo.

Saúde mental em alerta

Ao retornar para o trabalho no hospital, um mês depois, Suzana sentiu os efeitos do trauma. “Chorava no trabalho, com ansiedade, dor no peito, formigamento. Qualquer chuvisqueiro me deixava nervosa”, conta.

Ela passou a ser atendida no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) de Eldorado do Sul, onde faz tratamento mensal e usa medicamentos. Notou que outros moradores também enfrentam problemas semelhantes.

“Com todas as letras, a cidade está doente”, desabafa. “A maioria tem pânico, depressão, precisa de remédio. Muitos amigos meus estão tomando medicamentos.”

Aumento nos atendimentos e desafios

Em Eldorado do Sul, os atendimentos ambulatoriais subiram 56,7%, e os do Caps passaram de 5 mensais para 461. A cidade foi proporcionalmente a mais afetada pela enchente, com 81,1% dos moradores e 71,2% dos imóveis atingidos.

Levantamento do Datasus indica que os atendimentos ligados a transtornos mentais nos hospitais gaúchos cresceram 11,7% nos 10 meses seguintes à tragédia. Houve pico histórico de atendimentos públicos em outubro do ano passado, com 64,2 mil casos.

A queda nas internações psiquiátricas e a oscilação na procura por Caps são explicadas por fatores como perda de acesso a serviços, medicamentos e receitas, além da dificuldade de deslocamento.

Pesquisas apontam impactos persistentes

Estudos mostram que, mesmo seis meses após a cheia, 1 em cada 4 pessoas atingidas apresentava sintomas de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

A pesquisadora Juliana Scherer, da Unisinos, alerta para a gravidade do quadro. “O impacto na saúde mental pode ser silencioso. Muitas pessoas não buscam ajuda por estigma ou dificuldade de acesso, e os efeitos a longo prazo podem ser graves”, afirma.

A enchente do RS foi o maior evento de desalojamento do tipo já registrado no Brasil. A recuperação da saúde mental da população segue como um desafio para as autoridades e para toda a comunidade.

Júlia Martins

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