Direito dos trabalhadores com carteira assinada, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado como uma espécie de reserva de emergência para situações como demissão sem justa causa, compra da casa própria e outras necessidades.
Instituído pelo governo brasileiro no final dos anos 1960, o FGTS é uma ferramenta de proteção ao trabalhador que deixa de receber salário por diferentes motivos, como fim do contrato de trabalho ou pedido de dispensa. Mas o que acontece com esse saldo após a saída da empresa?
Na prática, a conta do fundo se torna inativa, originando o chamado “FGTS inativo”. Neste artigo, explicamos o que é esse recurso, como verificar se há saldo disponível e quem pode realizar o saque em 2025.
Como funciona o FGTS?
O FGTS é um dos principais direitos de quem trabalha sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O fundo é composto por depósitos mensais realizados pelo empregador, no valor de 8% do salário bruto do funcionário. Esses valores são depositados em uma conta aberta na Caixa Econômica Federal, vinculada ao trabalhador.
Esse saldo funciona como uma espécie de poupança, que pode ser acessada em casos específicos, como demissão sem justa causa, oferecendo uma rede de segurança financeira.
O que é o FGTS inativo?
O FGTS inativo refere-se ao saldo existente em contas que deixaram de receber depósitos após o fim de um vínculo empregatício. Quando o trabalhador é demitido ou pede demissão, a conta vinculada àquele emprego deixa de ser alimentada com novas contribuições, tornando-se inativa.
Mesmo assim, o valor acumulado até a data de rescisão permanece disponível e continua rendendo juros e correção monetária. Esse saldo pode ser resgatado em situações específicas, como aposentadoria, compra de imóvel, doenças graves, entre outras.
Como consultar se você tem FGTS inativo?
Há três formas principais de verificar se há saldo em contas inativas:
- Aplicativo FGTS (Android/iOS): mostra todas as contas (ativas e inativas) e respectivos saldos.
- Site da Caixa Econômica Federal: mediante cadastro e senha, o trabalhador pode acessar informações sobre todas as contas vinculadas ao seu CPF.
- Agências da Caixa: o atendimento presencial também permite verificar saldos e obter orientações sobre saques.
Situações em que o saque do FGTS inativo é permitido
As regras para saque do FGTS inativo são diferentes das contas ativas. Algumas situações que permitem o resgate incluem:
- Demissão sem justa causa
- Aposentadoria
- Doenças graves
- Compra da casa própria
- Saque-aniversário ou emergencial
- Antecipação de parcelas de financiamento habitacional (SFH)
- Desemprego superior a três anos
- Rescisão contratual por culpa recíproca, força maior ou acordo mútuo
- Idade igual ou superior a 70 anos
- Falecimento do trabalhador (por herdeiros ou dependentes)
- Desastres naturais com reconhecimento de estado de calamidade pública
Para a lista completa de situações e a documentação exigida, acesse o site oficial da Caixa Econômica Federal.
Como solicitar o saque do FGTS inativo?
O saque pode ser feito presencialmente em agências da Caixa ou online, pelo aplicativo do FGTS. Para isso, é necessário se enquadrar em uma das condições mencionadas e apresentar documentos como:
- Termo de rescisão do contrato de trabalho
- Documentação de aposentadoria (se aplicável)
- Laudos médicos (em caso de doenças graves)
Pelo aplicativo FGTS, siga este passo a passo:
- Acesse o app com login e senha
- Clique em “Solicite seu saque 100% digital”
- Selecione a modalidade correspondente à sua situação
- Faça a verificação de segurança
- Indique uma conta bancária para recebimento
- Anexe os documentos e finalize a solicitação
Você poderá acompanhar o andamento do pedido diretamente pelo app.
Por que é importante consultar o FGTS inativo?
Verificar se há saldo em contas inativas é essencial para quem já passou por diferentes empregos com carteira assinada. Além de representar uma reserva financeira valiosa, o FGTS inativo pode ser utilizado em momentos de necessidade, planejamento ou aquisição de bens.
Manter esse acompanhamento ajuda na organização das finanças e garante o pleno exercício dos direitos trabalhistas.
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