O governador Eduardo Leite enviou para a Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (26), um projeto que propõe o reajuste de 8% no salário mínimo regional do Rio Grande do Sul.
A proposta, protocolada no fim da tarde, prevê que o menor salário formal no estado suba de R$ 1.656,51 para R$ 1.789,04. Esse índice é maior que a inflação de 2024, que fechou em 4,83%.
Urgência na tramitação
O governo solicitou que a análise do projeto ocorra em regime de urgência. Com isso, em 30 dias, ele trancará a pauta de votações na Assembleia. A ideia é que o reajuste entre em vigor a partir da sanção da lei.
Na justificativa, o Palácio Piratini explica que o aumento busca valorizar a mão de obra local e evitar distorções no mercado. Além disso, quer manter os níveis de emprego das categorias cobertas por esse piso regional.
O salário mínimo regional se aplica a categorias sem acordos coletivos e a trabalhadores informais. Também serve de base para salários de servidores estaduais, como os da área da educação. A última correção foi aprovada em dezembro, com reajuste de 5,25%.
Veja como fica cada faixa com o reajuste
Faixa 1: de R$ 1.656,51 para R$ 1.789,04
Setores: agricultura, pecuária, pesca, indústria extrativa, domésticos, turismo, construção, motoboys, entre outros.
Faixa 2: de R$ 1.694,66 para R$ 1.830,23
Setores: vestuário, calçados, tecelagem, saúde, limpeza, hotéis, bares e restaurantes.
Faixa 3: de R$ 1.733,10 para R$ 1.871,75
Setores: alimentos, móveis, química, farmacêutica, comércio, armazéns.
Faixa 4: de R$ 1.801,55 para R$ 1.945,67
Setores: metalurgia, gráfica, vidros, borracha, condomínios, auxiliares escolares, vigilância.
Faixa 5: de R$ 2.099,27 para R$ 2.267,21
Setor: técnicos de nível médio.