O governo do Rio Grande do Sul decretou situação de emergência em saúde pública nesta segunda-feira (19). O motivo é o aumento expressivo de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado.
A medida foi anunciada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) diante da superlotação dos serviços de emergência e do risco elevado à população. O decreto será publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (20).
Hospitais devem priorizar leitos para casos respiratórios
Com o decreto, hospitais que atendem pelo SUS deverão adotar ações emergenciais. O foco é ampliar a oferta de leitos clínicos e de UTI para pacientes com sintomas respiratórios graves. A medida terá validade de 120 dias, a partir da data de publicação.
Dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) mostram que o RS já registra mais de 4 mil hospitalizações por SRAG em 2024. Até agora, 305 pessoas morreram por causa da doença. Entre as crianças com menos de cinco anos, foram 1.374 internações e 10 mortes.
Porto Alegre também decretou emergência
A capital já havia adotado medida semelhante na última sexta-feira (16), devido ao mesmo problema. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), as internações por SRAG vêm crescendo desde o início de abril. Hospitais e UPAs estão lotados, com falta de leitos para crianças e adultos. A ocupação está 10% maior do que no mesmo período de 2023.
Segundo o boletim InfoGripe, da Fiocruz, Porto Alegre tem 95% de chance de aumento dos casos nas próximas semanas. As crianças de 0 a 4 anos representam 42,3% dos registros. Idosos com mais de 60 anos vêm em seguida, com 36% dos casos.
Entre os sintomas da SRAG estão: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, perda de olfato ou paladar, falta de ar, dor ou pressão no peito, baixa saturação de oxigênio (igual ou inferior a 94%) e coloração azulada nos lábios ou no rosto. Ao apresentar esses sinais, a orientação é buscar atendimento médico imediato.