O empréstimo consignado para trabalhadores com carteira assinada segue em expansão. Em maio, a taxa média de juros ficou em 3,43% ao mês, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No dia 5 de junho, a média chegou a 3,63%, abaixo dos 3,68% registrados no início de maio.
Essa queda nos juros é justamente um dos principais objetivos do programa Crédito do Trabalhador, lançado pelo governo em março. A ideia é tirar os trabalhadores da informalidade do crédito, como os agiotas, e oferecer opções seguras e mais baratas.
Nova fase do programa já está valendo
Na sexta-feira, 6 de junho, começou uma nova etapa do programa: a migração de dívidas de outras modalidades para o consignado CLT, inclusive entre diferentes bancos. A mudança é parte do plano de ampliar a concorrência e reduzir ainda mais os juros cobrados.
O trabalhador pode migrar até nove empréstimos diferentes para um único contrato dentro do Crédito do Trabalhador.
Como fazer a portabilidade?
Por enquanto, o processo de portabilidade precisa ser feito diretamente com os bancos. Basta procurar a instituição onde você deseja contratar o novo empréstimo e pedir uma simulação.
Se o valor ficar mais em conta que o contrato atual, o banco de origem tem o direito de fazer uma contraproposta. Caso não cubra a oferta, deve liberar a mudança. A expectativa é que, em breve, o serviço esteja disponível também no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
Como contratar um empréstimo do zero?
Quem não tem nenhum empréstimo pode contratar o consignado CLT direto pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, ou nos canais das próprias instituições financeiras.
Após o pedido, os bancos podem enviar propostas, que o trabalhador avalia se aceita ou não. Também é possível consultar diretamente o banco de preferência, seja pelo app, caixa eletrônico ou agência.
FGTS como garantia ainda está em análise
Apesar de o plano prever o uso do saldo do FGTS como garantia, isso ainda não está valendo. Segundo o MTE, a medida depende de aprovação do conselho curador do fundo, que deve discutir o tema em reunião prevista para o fim de julho.
Por enquanto, a única garantia aceita é a multa rescisória em caso de demissão sem justa causa.