Zài jiàn: Adeus ao sonho da montadora chinesa de caminhões

A vinda da empresa chinesa ShiyanYunlihong Motors para a região Centro-Sul, anunciada em 2012, foi cancelada na tarde da última segunda-feira (20), em reunião na Prefeitura Municipal de Camaquã.

O investimento inicial da empresa que geraria 500 empregos direta e indiretamente era de mais de R$180 milhões. As obras estavam previstas para setembro de 2012, nunca iniciaram. A fábrica que seria responsável por montar veículos comerciais e médios, apenas abriu um escritório localizado no centro de Camaquã, que foi custeado durante dois anos pelo município.

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A expectativa inicial era de que a empresa estivesse pronta até o final de 2013 e produzisse inicialmente, cerca de cinco mil veículos por ano.

Em 2012, Camaquã doou um terreno e adquiriu outro, um de 22 hectares e outro de 100 hectares para a construção da empresa. O ex vice-governador do Estado, Beto Grill, disse que a empresa teve todo apoio do governo do Estado quando se confirmou que esse interesse era concreto.

Grill salientou que o município e o Estado viram que a empresa estava realmente interessada após firmarem a vinda ao município. “A gente sabe que quando há um envolvimento do governo é porque a coisa é séria. A gente não tinha muito a perder e tínhamos muito a ganhar se desse certo”, finalizou.

O ex prefeito, Ernesto Molon, que foi um dos principais envolvidos nas negociações e relatou como recebeu a notícia da vinda da empresa para o município. “Com muita alegria e satisfação recebemos essa notícia. Sabíamos das dificuldades devido à concorrência de outros munícipios que também estavam sendo sondados pela empresa. Mas nós trabalhamos e a questão política feita pelo governo com o apoio do nosso vice-governador na época, Beto Grill, foi muito importante”, enfatizou.

Molon acredita que um dos fatores que, na época, a empresa levou em consideração para escolher Camaquã, foi à proximidade com Porto Alegre e com Rio Grande. O ex prefeito esclareceu que foi uma caminhada muito grande, de idas e vindas, mas que na época, era a realização de um sonho, não só de Camaquã, mas da Região.

Segundo Molon, quando ele e o vice governador foram a China, através da receptividade e do interesse do país, eles acreditaram que o projeto seria viável, porém, o medo começou quando houve demora nos processos. “Não nos passou na cabeça que a empresa iria desistir, a vontade era tanta que ela se instalasse”, acrescentou.

O ex-prefeito ainda lamentou a desistência dos chineses, dizendo que seria uma grande mudança para o município, ainda mais nesse momento de crise e dificuldade que estamos vivendo. “A frustração existe, mas não é o caso de nos culpar, pois todo mundo foi muito parceiro, desde a comunidade, o município, a imprensa e o governo do Estado”, ressaltou.

O Prefeito Municipal, João Carlos Fagundes Machado, acrescentou que além de ser uma perda muito grande para o município e para a comunidade, é uma frustação, pois é um assunto que, o governo do ex prefeitoMolon se esforçou muito e Camaquã sempre lutou com muita competência para ser o escolhido entre os vários munícipios que estavam competindo. “Camaquã venceu com o mérito dos camaquenses”, ressaltou.

Quando questionado sobre a possível falta de empenho do município, Machado explicou que tudo que foi assumido no antigo governo foi cumprido rigorosamente. Ainda de acordo com Machado, o município escriturou a área no Distrito Industrial de 22 hectares e comprou os outros 100 hectares que era o exigido. “Oferecemos pra eles todas as condições e apoio, mas eles não saíram do mesmo lugar, não conseguiram viabilizar e agora soubemos que o sócio que viria desistiu e inviabilizou”, acrescentou.

Segundo o prefeito, tão logo a presidente do grupo informou a desistência, o município começou a providenciar a reversão da área. E esclareceu que, após retomar a área, buscarão outra destinação a ela. Outro levantamento feito pelo prefeito foi de que após a reversão, a prefeitura irá buscar o ressarcimento do valor do prédio que foi alugado na Avenida Olavo Moraes, no centro, para o escritório da empresa.

Segundo a Secretária Municipal de Comércio, Indústria e Serviço, Maristela Miguelis Monteiro, para a área de 22 hectares, o município já tem 17 empresas interessadas. E na área dos 100 hectares,tem duas indústrias que estão em negociação.

Redação de Jornalismo

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