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1.600 motoristas são banidos de aplicativo

No começo do mês de setembro as corridas foram reajustadas em cerca de 10%. Foto: Pixabay
No começo do mês de setembro as corridas foram reajustadas em cerca de 10%. Foto: Pixabay

A empresa de transportes de passageiros por aplicativo Uber baniu 1.600 motoristas que usavam o aplicativo para trabalhar.

 Em comunicado, a empresa informa que foram cortados da plataforma os motoristas com altas taxas de cancelamento de corridas.

Segundo os termos de uso da Uber, os motoristas são autônomos e podem fazer cancelamentos. Mas a empresa alega que o uso abusivo do recurso estava atrapalhando o funcionamento do serviço.

A Uber não detalha o que é considerado uso abusivo do recurso de cancelamento, mas dá como exemplo um motorista que em 30 dias cancelou 10.051 viagens das 10.473 que foram encaminhadas para ele.

Para a Amasp, a Associação dos Motoristas dos Aplicativos de São Paulo, o corte dos motoristas é uma retaliação. Aconteceu sem aviso prévio e dias depois do primeiro reajuste no valor das corridas pelo aplicativo desde 2015.

Segundo o presidente da Amasp, Eduardo Lima de Souza, esse reajuste só veio quando aumentou o número de corridas canceladas pelos motoristas. Ele diz que os cancelamentos são a única forma de evitar corridas que dão prejuízo.

No começo do mês de setembro as corridas foram reajustadas em cerca de 10%. Segundo dados da ANP, a Agência Nacional do Petróleo, entre abril de 2016 e setembro de 2021, o preço médio da gasolina nas bombas subiu cerca de 63%.

Eduardo não consegue confirmar o número de motoristas banidos pela plataforma e compara com um processo de demissão em massa, mas para pessoas que não tem direitos trabalhistas.

Ele sugere que os passageiros ajudem a fiscalizar a remuneração dos motoristas, o que pode ser feito segundos depois de finalizada a corrida. A dica é conferir quanto ele está pagando pela viagem e quanto o motorista está recebendo e se o valor for discrepante, denunciar a empresa de aplicativo ao Procon.