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73% dos acidentes fatais de trânsito entre 2018 e 2021 tem relação com o álcool.

Foto: reprodução/ PRF
Foto: reprodução/ PRF

Segundo dados divulgados na semana passada pelo Detran RS,
cerca de 39,2% dos condutores mortos em acidentes de trânsito em 2021 tinham
presença de álcool no sangue. Esse número aumenta quando se trata das Rodovias
Municipais, onde foram registrados 916 vítimas fatais sendo 376 condutores e
motociclistas embriagados, o que dá um percentual de 41,1%. O estudo compila
dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), sobre acidentes com morte e a
base de dados dos testes de alcoolemia, realizados pelo Instituto-Geral de
Perícia (IGP).

Foi feito um comparativo entre os anos de 2018 a 2021, onde
foram registradas 6.377 mortes no trânsito do RS, deste total 2.603 condutores
tiveram resultado positivo de alcoolemia, o que dá um percentual de 73% dos
acidentes fatais que tiveram a presença ou relacionados com o álcool.

De acordo com o professor e pesquisador do tema Flávio
Pechansky, na prática a impunidade é um fator preponderante para
coibir casos de alcoolemia no trânsito, que mostra que 1.001 condutores tiveram resultado positivo de alcoolemia, o que dá um percentual de 38% dos acidentes que tiveram presença de álcool.

“As tendências de queda são associadas à fiscalização e à percepção de punição que os motoristas recebem. Se eu sei que eu não vou ser pego ou punido, eu vou afrouxar a minha relação com o álcool. O problema não está na lei escrita, está no cumprimento dela. Para melhorar o sistema, é necessário aumentar a coleta de dados sobre uso de  substâncias dos motoristas, aumentar a visibilidade das ações policiais, e o mais importante, melhorar o sistema legal, aumentando o treinamento de policiais e juízes”, afirma Pechansky.

 O chefe de comunicação da  Polícia Rodoviária Federal do Estado, Felipe
Barth, comentou um pouco sobre o assunto.

“Foi constatado que a fiscalização sem o foco no alcoolismo,
em lugares e horários de estatísticas, se mostram mais eficientes. A gente faz
o bafômetro antes das festas e depois, para as pessoas que estão indo beber verem que
a polícia está fiscalizando. O foco sempre é educação e fiscalização”.

Sobre as punições, o representante da PRF afirma que para algumas pessoas as
penalidades aplicadas não são suficientes, já que há apreensão de pela terceira
vez de motoristas embriagados com a habilitação suspensa.