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México destrava mercado para arroz do Brasil

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Um grande passo foi dado nesta quarta-feira (22) para o arroz gaúcho e brasileiro ficar menos dependente do humores internos de compradores. No início da tarde o Conexão Rural informou em primeira mão a oficialização da liberação das exportações de arroz em casca para o México. A decisão se torna ainda mais importante por estar sendo dada num momento delicado para os produtores, com os preços caindo mais do que o imaginado nesta abertura de safra 16-17. O mercado consumidor do país da América do Norte vinha sendo trabalhado há pelo menos dois anos por brasileiros ligados ao agro e à cadeia orizícola. Entretanto, exigências burocráticas não bem definidas vinham emperrando o acordo.

Iniciadas durante uma convenção de tecnologia e negócios do arroz, em Cancún, as negociações tiveram o último capítulo na Expodireto, em Não-Me-Toque, quando Alexandre Velho (Federarroz) e Tiago Barata (Irga) falaram reservadamente com o embaixador mexicano no Brasil, Eleasar Velasco (foto). Na conversa, Velasco, que acompanhava o ministro da Agricultura Blairo Maggi na visita, se comprometeu em buscar uma solução e pediu o envio de um ofício citando as dificuldades – o que foi feito.

Das 800 mil toneladas de arroz consumidas pelos mexicanos anualmente, de 500 a 600 mil são importadas – a maioria dos EUA. Desde a posse de Donald Trump na presidência da república norte-americana, as relações entre os dois países não andam boas, com retaliações recíprocas.

Vitória conjunta

Ao comemorar a abertura de mercado, o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles mencionou o trabalho conjunto de dirigentes e técnicos da entidade que comanda, do Irga e do Mapa. Ele anuncia também a futura ida de uma missão ao México para acertar detalhes e para tentar destravar a comercialização também do arroz beneficiado.

Presidente da Câmara Setorial do Arroz, Daire Coutinho também salientou o esforço dos elos do setor e classificou a decisão mexicana como “resultante da persistência de um grupo que trabalha permanentemente em favor do produtor”.