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Assembleia Legislativa realiza audiência sobre projeto Caçapava do Sul

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A Assembleia Legislativa foi palco de mais uma audiência para tratar sobre o projeto Caçapava do Sul, nesta quarta-feira (19). Após intensas discussões, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente propôs a criação de um grupo de trabalho para seguir acompanhando o empreendimento, firmado entre a Votorantim Metais e a Mineração Iamgold Brasil.

A Votorantim visa instalar um complexo de mineração em Caçapava do Sul, distrito de Minas do Camaquã. A ideia é alcançar uma produção de 36 mil toneladas de chumbo contido, 16 mil toneladas de zinco contido e cinco mil toneladas de cobre contido, além de uma pequena quantidade de prata.

A Rádio Acústica FM esteve presente no encontro, sugerido pelo deputado Luiz Fernando Mainarti (PT), que contou com cerca de 20 deputados, prefeitos, agricultores, empresários, pesquisadores e ambientalistas do Estado. Os vereadores Ilson Meirelles (PP), Ivana de Paula (PSD) e Luciano Delfini (PSDB) também acompanharam a audiência.

De um lado, apoiadores do projeto, alegando que este deve impulsionar a economia e a empregabilidade na região; de outro, manifestantes contrários, em defesa do meio ambiente e da atual matriz econômico-social.

Um dos fatos que causou estranhamento foi a ausência de Ana Pellini, presidente da Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam). “Talvez a Fepam já tenha uma posição sobre o tema, já que é um órgão permeável às orientações políticas”, afirma Altemir Tortelli (PT), presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente.

Em meio a várias contestações, Paul Cezzani, líder do projeto, foi indagado sobre a transparência do empreendimento: “Todo material sobre o projeto Caçapava do Sul está disponível em nosso site, em fácil acesso”. Para Cezzani, o objetivo das audiências é estabelecer diálogo: “cada encontro é uma oportunidade de divulgar as informações de forma correta, e, assim, fazer com que elas sejam distribuídas para o maior público possível”.

Segundo a Votorantim, o projeto não terá barragens de água e rejeitos, não apresentando riscos ambientais semelhantes ao caso do rompimento da barragem de Mariana, ocorrido em Minas Gerais. A empresa acrescenta que o Rio Grande do Sul será pioneiro neste empreendimento, que deve instalar pilhas projetadas para interagir com a topografia local.