O governo do Estado desistiu de levar adiante a resolução que proibiria a realização de partos em hospitais de pequenas e médias cidades. O tema foi debatido, na segunda-feira (17), em reunião na sede da Famurs. Pela proposta original da Secretaria da Saúde do RS, estruturas responsáveis por realizar menos de 365 partos por ano deixariam de prestar o serviço, que seria absorvido por grandes hospitais da região. Uma determinação que poderia afetar mais de 100 municípios gaúchos. “A regionalização dos partos pode acarretar em problemas de logística, sociais e econômicos”, criticou o vice-presidente da Famurs, Marcelo Schreinert.
Após ouvir as ponderações dos prefeitos, o secretário adjunto da Saúde do RS, Francisco Paz, explicou que cada município terá autonomia para decidir. Os hospitais que realizam partos em pequenas e médias cidades podem deixar de prestar o serviço e ingressar na rede de atendimento organizada pelo Piratini. Neste caso, os procedimentos serão realizados nos hospitais regionais de maior porte. “Os demais hospitais que não tiverem na rede continuarão a fazer partos. Nós não pretendemos fechar hospitais”, explicou Paz.
O tema será debatido em novos encontros até o final do ano. “A preocupação da Famurs é garantir que as gestantes tenham um atendimento hospitalar correto e humanizado”, alertou o assessor técnico da Área de Saúde da Federação, Paulo Azeredo Filho. O evento desta segunda-feira contou com a participação de 244 pessoas, entre prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais de saúde e representantes da Secretaria da Saúde do RS.