Enquanto em Porto Alegre o Grêmio passará por uma das maiores eleições da sua história, a equipe do clube – embalada pelo alto astral conquistado com a boa campanha no Brasileirão – desembarcou no Equador, na madrugada desta terça-feira, após 10 horas de viagem. O time chegou a Guayaquil, cidade que será palco do primeiro encontro entre o Tricolor e o Barcelona a partir das 22h desta quarta.
Do Aeroporto Internacional José Joaquin Olmedo, os jogadores seguiram direto para o hotel que servirá de concentração até amanhã, dia da partida de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana no estádio Banco Pichincha.
O percurso encerrado às 4h de hoje iniciou às 17h45min dessa segunda-feira no Rio de Janeiro. O início do primeiro trecho foi marcado por silêncio e descanso. Aos poucos, os jogadores foram acordando e o ambiente ficou mais descontraído. “Você coloca um filme e quando se dá conta já se foram duas horas de viagem. Ajuda bastante a passar o tempo”, disse o goleiro Marcelo Grohe.
O zagueiro Werley apelou para a distração eletrônica. “Estou no meio de uma temporada. Meu time está crescendo. Dá para fazer contratações, escolher o esquema tático, disputar o Brasileirão. Você é o técnico e o presidente”, explicou o zagueiro Werley, adepto da disputa de futebol no tablet.
Um dos mais animados no Rio não perdeu o bom astral no voo. A música foi o combustível de André Lima. “Eu vou trocando de acordo com os pedidos. O pessoal ouve de tudo e a música dá um toque mais descontraído para o voo. Vamos ouvindo até cansar”, contou.
Boa notícia em Manaus
A única parada do voo do Grêmio aconteceu em Manaus para reabastecimento e janta: com massa penne à bolonhesa como prato principal. Durante uma hora, os passageiros conseguiram ter acesso à internet. Foi quando Kléber ficou sabendo quenão desfalcaria o time pelo Campeonato Brasileiro em função do resultado do julgamento realizado no final da tarde.
“Que boa notícia! Não queria ficar de fora nessa reta final da competição, sempre com jogos importantes. É bom estar à disposição para ajudar o time. Vamos com tudo na Sul-Americana e depois já voltamos para Porto Alegre com uma pedreira contra o Santos pelo Brasileirão”, comemorou o Gladiador.
Com bastante espaço no avião, cada jogador ocupou três poltronas. As primeiras fileiras foram destinadas à comissão técnica e aos dirigentes. Depois os atletas preencheram as vagas até o final da aeronave. Por isso, para conversar com todos, era preciso se deslocar. Foi o que fez Souza. Após dormir durante boa parte do primeiro trecho, passou a segunda metade da viagem trocando de lugar.
“Parei um pouco aqui, um pouco ali. O assunto troca a cada roda. Dei muita risada, porque o pessoal é engraçado. Eu gosto de conversar e nessa viagem tive bastante tempo para isso”, comentou o volante.
Comandante Moreno
A cabine de comando foi um ponto bastante frequentado. Para não atrapalhar a tripulação, houve revezamento. Muitos conheceram o local repleto de botões e luzes. Sentado na última poltrona, Marcelo Moreno precisou tentar duas vezes até atingir o objetivo. “Eu estava chegando na cabine e deu um alerta de turbulência. Bem na hora que eu ia ver. Tive que voltar e sentar no meio do caminho, porque balançou forte. Mas logo parou. Foi um voo tranquilo”, relatou o centroavante.
Recomendação da comissária de bordo
Após a aterrissagem em Guayaquil, uma das comissárias de bordo fez questão de deixar recado: “Esperamos que, no retorno, vocês tragam um resultado positivo para o Brasil.”
Nesse ambiente de otimismo, o grupo passou pela imigração, deixou o aeroporto e foi descansar no hotel. A programação prevê treino para às 19h, horário de Guayaquil. Será a chance de conhecer o local da partida.
