Os danos causados em residências pelos alagamentos e vendavais deixam quase 10 mil pessoas fora de casa no Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (8). Os números são do boletim divulgado pela Defesa Civil no fim da manhã.
Os registros de pessoas que estão desabrigadas ou desalojadas subiram em pouco mais de 4 mil em comparação aos dados divulgados no boletim anterior, às 17h de ontem. Agora são aproximadamente 9.866 pessoas alojadas em abrigos ou em casas de amigos ou parentes.
O número de municípios em situação de emergência também subiu, de 56 para 58, depois que as cidades de Guaporé e Caraá também emitiram decretos.
Os níveis dos rios do Sinos, Caí e Uruguai voltaram aumentar e os municípios estão em nível de alerta. Em São Leopoldo, o prefeito Ary Vanazzi convocou o secretariado para uma reunião de emergência para organizar os trabalhos de atendimentos aos atingidos pelas enxurradas.
Em Ibirubá, no Alto Jacuí, o Rio Pulador teve um leve recuo nesta manhã após ter transbordado e invadido casas durante a madrugada. Segundo o diretor municipal da Defesa civil, Aldemir Antônio Brandão, uma família teve que ser socorrida durante a madrugada. Além disso, casas foram destelhadas pelo vento. As águas também deslocaram uma residência por aproximadamente um metro. Conforme Brandão, um idoso, que reside no local, recusa-se a deixar a casa. A Defesa Civil estuda a possibilidade de solicitar uma ordem judicial para retirar o morador do local, pois a casa estaria correndo risco de desabamento.
Os fortes ventos também causaram danos à residências nos municípios de Rolante, no Vale do Paranhana, e em Maratá, no Vale do Caí, onde cerca de 40 casas foram destruídas, conforme levantamento preliminar da prefeitura.
Mortes
Pelo menos três pessoas morreram em função dos temporais desde a tarde de ontem. O primeiro registro foi em Liberato Salzano, no Norte do RS, onde um adolescente de 17 anos morreu atingido por um raio. Em Vila Oliva, distrito de Caxias do Sul, uma idosa morreu na madrugada no desabamento de uma casa. O terceiro caso é de uma mulher soterrada em Porto Alegre.
