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Folha salarial do Estado bate recorde de servidores inativos

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Enquanto o debate sobre a reforma da Previdência patina no Congresso, o percentual de servidores estaduais inativos bate recorde no Rio Grande do Sul e pressiona as finanças do Estado. Ao final do primeiro quadrimestre do ano, eles representaram 54,1% da folha de pagamento do Poder Executivo, com 153,2 mil vínculos — mais do que a população de municípios como Bagé, Sapucaia do Sul e Uruguaiana. 

No início da gestão do governador José Ivo Sartori, em 2015, os ativos ainda eram maioria. De lá para cá, o número caiu 10,5%, e as despesas com os funcionários públicos aposentados tiveram aumento real (acima da inflação) de 8,7%, chegando a R$ 763,9 milhões em abril (veja gráfico da folha de pagamento e do número de vínculos). O valor supera a capacidade anual de investimento do Estado.

Como existem 9,8 mil pessoas aptas a se aposentar somente em 2017, a tendência é de que os gastos sigam crescendo e aprofundando o rombo previdenciário. Em teoria, as contribuições dos servidores ativos deveriam ser suficientes para financiar os benefícios dos inativos, mas a matemática não fecha há tempo. Em 2016, o Estado teve de cobrir déficit de R$ 8,97 bilhões, recurso que poderia ter sido aplicado, por exemplo, em saúde e educação. 

— Ao mesmo tempo que vemos crescer barbaramente o número de inativos, há um descolamento do ponto de vista financeiro, porque, na maioria dos casos, eles acumulam vantagens e se aposentam ganhando mais. Não quero dizer, com isso, que não mereçam esses benefícios. A questão é que a sociedade precisa saber disso para compreender as limitações que esse desequilíbrio impõe — diz o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes.