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Neto do ex-presidente Getúlio Vargas é encontrado morto em Porto Alegre

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Foi encontrado morto na segunda-feira (17) em Porto Alegre o pecuarista Getúlio Dornelles Vargas, de 61 anos, neto do ex-presidente Getúlio Vargas. De acordo com a delegada Roberta Bertoldo, responsável pelo caso, ele se suicidou com um tiro na cabeça.

O corpo foi encontrado por volta das 9h por uma funcionária que trabalha no apartamento onde Getúlio morava, no bairro Moinhos de Vento, Zona Norte da capital gaúcha. “Pelas circunstâncias do fato, não há nenhuma dúvida que ele tenha efetuado um disparo contra si mesmo”, disse a delegada.

De acordo com Roberta, Getúlio deixou uma carta de despedida para a família. Ela destaca que dificilmente saber as causas da morte serão conhecidas.

“Quando se trata de suicídio, dificilmente conseguimos apurar causas. Pessoas que tiram a própria vida geralmente têm alto grau de depressão. No caso dele se evidenciou essa questão da depressão por conta de algumas coisas que percebemos”, afirmou.

Getúlio nasceu no Rio de Janeiro, mas passou a viver no Rio Grande do Sul aos 13 anos de idade. Durante a vida adulta, administrou os negócios agropecuários da família.

O neto do ex-presidente foi filiado ao PDT, partido pelo qual concorreu a deputado estadual em 1986 no Rio Grande do Sul, mas não se elegeu.

Em 2012 voltou para a capital fluminense e chegou anunciar planos para entrar na disputa por uma vaga na Câmara de Vereadores, desta vez filiado ao PPS.

O pai de Getúlio, Manuel Sarmanho Vargas, conhecido como Maneco, se matou com um tiro no peito em 1997. Ele foi encontrado em sua fazenda na cidade gaúcha de Itaqui.

A notícia da morte surpreendeu o advogado Christopher Goulart, neto do ex-presidente João Goulart, que chegou a conviver com Getúlio.

“É claro que me surpreendi, é uma noticia trágica. Da minha parte, só posso desejar força aos familiares. Nossas famílias têm uma relação histórica”, disse Goulart.

Ex-presidente Getúlio Vargas

O ex-presidente Getúlio Vargas governou o país em dois períodos. O primeiro período, de 15 anos ininterruptos, foi de 1930 até 1945. No segundo período, em que foi eleito por voto direto, governou por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se suicidou, com um tiro no peito, em seu quarto, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então capital federal.

Sua doutrina e seu estilo político foram denominados de “getulismo” ou “varguismo”.