Cerca de 250 kg de cocaína foram apreendidos na terça-feira (1), no Porto de Rio Grande. O material, avaliado em R$ 8 milhões, estava entre a carga de mercadorias a serem exportadas com destino à Espanha. Ninguém foi preso. A Polícia Federal investigará a origem da droga.
A empresa responsável pela carga não foi identificada. A polícia diz ter certeza de que não há envolvimento na tentativa de tráfico. Segundo o inspetor-chefe do Porto de Rio Grande, Carlos Frederico Schwochow de Miranda, trata-se de uma exportadora de confiança. “Esta é uma prática recente dos criminosos, a de injetar drogas em cargas de empresas confiáveis”, explica.
O material estava armazenado em pacotes lacrados de 1 kg, envoltos em papel carbono e manta laminada. A tentativa de disfarce, porém, modificou o formato dos tabletes de droga, levantando suspeitas entre os auditores.
O inspetor-geral explica ainda que havia, em outra sacola, pedaços de madeira, possivelmente utilizados para desviar a atenção da fiscalização. “Essa foi uma peculiariedade dessa operação”, afirmou o inspetor.
Mais de 6 toneladas apreendidas no Brasil
Esta foi a primeira apreensão ocorrida no Porto de Rio Grande este ano. Mas o total de cargas apreendidas nos portos brasileiros já chega a seis toneladas em 2017, como lembra Miranda. “Tivemos [apreensões] em Santos, Navegantes, Itajaí”, relata.
Por isso, a atenção dos auditores estava redobrada. Miranda explica que 100% das cargas são escaneadas e que, quando há suspeita, elas são levadas a análise.
A apreensão ocorreu por volta das 10h15 de terça, mas só foi divulgada na manhã desta quarta (2) por pedido da Polícia Federal.
