Search
[adsforwp-group id="156022"]
VIOLÊNCIA

Após concluir inquérito sobre morte de empresário mineiro, polícia vai investigar suspeito do crime por estelionato

Arquivo pessoal/Divulgação

Depois de concluir o inquérito sobre o homicídio contra o empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, de 41 anos, a Polícia Civil vai realizar um levantamento da quantidade de carros da vítima que estão no Rio Grande do Sul. Segundo a delegada responsável pela investigação, Marcela Ehler, um dos suspeitos de cometer o crime tem antecedentes criminais e a partir deste recorte os agentes vão apurar se ele praticou outros delitos contra Samuel.

“O inquérito de homicídio será concluído dentro do prazo previsto em lei. Após o término deste trabalho, iniciaremos um levantamento a respeito dos veículos de posse da vítima que estão aqui no estado, tentaremos localizá-los a fim de que o inventário também possa ser realizado, uma vez que a vítima é pai de três filhos, que não podem ficar desamparados. Além disso, como o suspeito possui antecedentes policiais relativos ao crime de estelionato, a delegacia vai realizar uma investigação referente a um possível estelionato que ele tenha praticado contra a vítima. Talvez até uma lavagem de dinheiro futuramente se for apontado que essa revenda de veículos foi utilizada em algum momento para ocultação de bens provenientes de alguma atividade ilícita, como estelionatos, por exemplo. Mas no momento, o foco  é esclarecer as circunstâncias que envolveram a execução do Samuel”, salientou a delegada.

Durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (12) em Porto Alegre, a Polícia Civil divulgou que estão presas preventivamente duas pessoas suspeitas de assassinar e esconder o corpo do empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, de 41 anos. Elas devem ser indiciadas por homicídio e ocultação de cadáver. Melo foi assassinado com nove tiros pelas costas, de acordo com o laudo do Instituto Gerla de Perícias, Os crimes aconteceram no dia 2 de junho, data em que o empresário desapareceu após viajar de MG para o RS. O corpo dele foi localizado no domingo (11) em uma região de matagal na cidade de Santo Antônio da Patrulha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Nenhum dos presos teve a identidade divulgada pela polícia. Um deles era sócio, em uma revenda de veículos, do empresário morto, negócio que teria motivado o assassinato (saiba mais abaixo). Ele estava preso temporariamente desde o dia 4 de junho e teve a prisão convertida pela Justiça em preventiva no domingo.

De acordo com a delegada Marcela Ehler, responsável pela investigação, a Justiça atendeu ao pedido da Polícia Civil depois que a autoridade policial conseguiu identificar que ele havia feito a compra de lonas e outros materiais. A suspeita é que foram usados para tentar esconder o corpo do empresário. O outro suspeito, preso no sábado (10), teria participação no crime, mas o envolvimento dele não foi detalhado pela polícia. Melo deixa três filhos. O sepultamento do corpo do empresário está previsto para ocorrer no Parque da Colina, em Belo Horizonte (MG).

Segundo o delegado Fernando Sodré, chefe de Polícia do Estado do Rio Grande o Sul, o crime aconteceu porque Melo viajou de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul para cobrar do sócio o dinheiro da venda de veículos que havia enviado de um estado para outro. A dívida seria de cerca de R$ 5 milhões. A Polícia Civil trabalha, agora, para localizar os veículos e dinheiro que possa ter sido obtido com a venda deles. Melo estava desaparecido desde 2 de junho.