A Comissão Especial do Parlamento gaúcho que discute as concessões de rodovias federais no Rio Grande do Sul realizará a sua última audiência pública no dia 26 de junho, às 19h, no Plenarinho da Assembleia Legislativa. Desde abril, o colegiado vem debatendo o projeto de instalação de treze novas praças de pedágios distribuídas em 674,1 km da metade sul do estado, especificamente nas BRs 116, 290, 158 e 392.
O deputado estadual Luiz Marenco (PDT), proponente e presidente da comissão, expressa preocupação com o aumento do número de pontos de cobrança nas estradas gaúchas, que passará para um total de 46, e também com as altas tarifas praticadas pelas concessionárias e previstas para as novas concessões. “O leilão das rodovias federais gaúchas projeta uma das tarifas mais caras do Brasil e do estado, com valores de R$ 11,54 para carros em pista simples e R$ 16,15 em pista dupla, o que representa um fardo financeiro para as famílias, trabalhadores, comerciantes, empresas e até mesmo para o desenvolvimento regional”, afirma.
Esta será a terceira audiência pública realizada pela comissão, que tem ouvido lideranças e as comunidades de municípios onde serão instalados os novos pedágios. É importante destacar que, ao elaborar o projeto das novas concessões de rodovias, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não dialogou com as comunidades afetadas. “Por esse motivo, estamos realizando esses encontros, pois é justo envolver aqueles que terão que lidar diariamente com os pedágios ao longo de 30 anos nessa discussão”, informa Marenco. E completa: “O repúdio ao projeto é imenso, gestores públicos e o povo estão aflitos com a perspectiva de um custo tão alto para o deslocamento intermunicipal”.
É esperado grande público na audiência pública. Diversas entidades de Camaquã, por exemplo, estão promovendo uma “Caravana Anti-pedágio” para participação no evento, disponibilizando um ônibus gratuitamente para a comunidade participar da discussão em Porto Alegre.
A Comissão Especial, ao final de 120 dias de atividades, apresentará um relatório oficial sobre o assunto à ANTT.
