Preocupado com os prejuízos causados pelas constantes estiagens no Rio Grande do Sul, o Governo do Estado vai buscar na experiência israelense alternativas para fortalecer a agricultura local. Em reunião com o embaixador de Israel, Rafael Eldad, nesta terça-feira (09), no Palácio Piratini, o governador Tarso Genro confirmou a visita de uma delegação empresarial gaúcha ao país de 14 a 21 de março de 2013. O objetivo é estreitar as relações nas áreas de irrigação e biotecnologia.
Acompanhado do assessor de Cooperação e Relações Internacionais, Tarson Nuñez, e do secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, o governador afirmou que a ideia é aprofundar as relações acadêmica e cultural entre Israel e o Estado. “É importante uma cooperação técnica nas áreas de biotecnologia e tecnologias de irrigação”. O chefe do Executivo gaúcho lembrou dos parques tecnológicos instalados no RS, como Tecnopuc e Tecnosinos.
O embaixador de Israel, Rafael Eldad explicou que o país é reconhecido como um dos mais desenvolvidos na área de ciência e tecnologia e citou os dez prêmios nobel conquistados pelo país em áreas como física, química e economia. “O milagre que podemos chamar de Israel é baseado na tecnologia. Quase 50% das nossas exportações são produtos de tecnologia”. Eldad destacou que o país mantém uma agricultura de alto nível mesmo com as adversidades climáticas e o espaço reduzido. “A agricultura israelense é conhecida no mundo, é uma indústria de alta tecnologia. Mesmo com pouca água e pouca terra, temos rendimentos recordes”.
Tarson destacou a importância da reunião e a necessidade de ampliar a troca de experiências. Ele garantiu que o encontro no Palácio Piratini é resultado de uma missão que o RS fez a Israel este ano. “Estamos particularmente interessados na questão de cooperação científica e tecnológica. Israel é um dos países que tem a maior experiência tecnológica em termos de irrigação, que é um problema que nós vivemos no RS intensamente”.
O Governo do Estado também tem interesse no setor de biotecnologia. “Israel tem grandes experiências na área de biotecnologia, especialmente no setor agrícola. Eles têm variedades de trigo, que propiciam duas safras de trigo por ano, ao invés de uma, como temos aqui”. Tarson destacou as novas empresas de tecnologia, chamadas de start ups. “São incubadoras empresariais aonde o Estado propicia não só o espaço, como a gente tem aqui, mas o financiamento às empresas”.
