Durante o processo de privatização, o Estado cedeu ações da Corsan aos municípios que decidiram assinar os termos aditivos para a extensão do prazo dos seus contratos com a companhia, conforme previsto em Lei Estadual. Em um ato no palácio Piratini nesta sexta-feira, o governo oficializou o repasse de 192 milhões de reais a 50 cidades que optaram por este modelo.
Do total de 307 municípios com contratos válidos, 76 adotaram os termos. Desses, 50 optaram pela alienação das suas ações em conjunto com o Estado, durante o leilão em que a companhia foi adquirida pelo grupo Aegea, em dezembro do ano passado, por R$ 4,15 bilhões.
Os outros 26 municípios decidiram permanecer como acionistas da Corsan e poderão alienar as ações, equivalentes ao valor de R$ 20.908.474,96, em Oferta Pública de Aquisição (OPA).
Na solenidade, o governador Eduardo Leite voltou a afirmar que poder público não tem condições de investir em saneamento, e por isso o estado optou pelo processo de privatização
“O papel do poder público não é de ser ele o operador direto onde ele não vai conseguir ter a performance. Não tenho dinheiro no lugar. Tem dificuldade de ter o recurso de se financiar pra viabilizar o investimento. Mas mesmo que tivesse o dinheiro ele tem dificuldade de ter a agilidade necessária pra fazer o investimento
ele vai ter que fazer todos esses processos licitatórios, vai ter problema, vai ter dificuldade”, pontuou.
Na negociação da assinatura dos aditivos contratuais para a extensão do prazo de atendimento da Corsan aos municípios até 2062, a companhia também incluiu o pagamento de um valor adicional para cidades com contratos considerados estratégicos. Esse benefício, no valor de R$ 175 milhões, foi pago pela Aegea aos municípios também nesta sexta-feira.
