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Uma viagem no tempo e na história com Christian Dior

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Em cartaz no Museu de Artes Decorativas, de Paris, de julho deste ano até janeiro de 2018, a exposição Dior, couturier do rêve (que em tradução livre seria algo como “Dior, o costureiro do sonho”) celebra os 70 anos da marca, mas também é uma grande aula de história, estilo e inspiração. 

 

Ela é dividida em duas grandes alas que vão contando desde o inicio da vida de Christian Dior, sua infância, família, e o início da vida profissional, quando ele queria ser arquiteto ou compositor, até ele se tornar o grande estilista que foi, bem como a história da marca com os designers que ocuparam seu lugar. E tudo isso, misturado com muita arte, tecnologia e um preciosismo indescritível na montagem.

 

A arte sempre fez parte da biografia do couturier. Logo no início de sua vida adulta, ele e um amigo resolveram abrir uma galeria, e em pouco tempo já estavam com nomes como Dalí dentro do espaço. Portanto, obras que foram expostas na galeria, misturadas com objetos pessoais fazem parte desse começo de mostra. A mescla entre moda e arte segue durante toda essa primeira ala. São looks de inspiração africana misturados com carrancas enormes, vestidos com toque oriental ao lado de quimonos antigos e vasos, e por aí vai.

 

Na segunda ala, de cara já vemos o famoso “New Look”*, e somos convidados a entrar no universo fabuloso da marca Dior. Iniciando por uma sala imensa que mostra o antes de cada roupa, que são primeiro confeccionadas em algodão puro para depois serem feitas no tecido final. Uma sala enorme na qual as peças estão lindamente organizadas do teto até o chão, exceto por um espaço, onde tem uma espécie de mesa para bordado, mostrando como são feitos as aplicações da marca e em roupas de alta costura.

 

Logo após, a exposição da espaço para os modelos criados pelos designers que ficaram a frente da marca após Christian (Yves Saint Laurent, Gianfranco Ferré, Maria Grazia Chiuri, que é a atual, e outros). E para finalizar, uma sala que mais parece um imenso conto de fadas com vestidos usados pelas mais diversas celebridades.

 

Qualquer tentativa de descrição é meramente, uma tentativa. Os detalhes, a magnitude na quantidade de peças arrecadadas, a maneira a qual elas foram organizadas, as luzes, trilha sonora, etc. Tudo projetado para encantar e nos mostrar que moda, arte, cultura, história, devem ser rememoradas e vividas, e estar perto delas, mesmo como expectador, é enriquecedor para alma.

 

*Pós Segunda Guerra, a Europa estava completamente destruída. Não só física, como moralmente. Muitas famílias sofreram perdas e a economia precisava retomar seu rumo, visto que, durante a Guerra, tudo era voltado à ela. Neste cenário, Christian Dior cria o New Look, um modelo de blazer e saia mídi, com a cintura extremamente marcada, feminino, delicado, e que precisava de vários metros de tecido para ser feito. Dessa forma, a auto estima das mulheres e dos homens que retornaram a casa, são resgatadas e a economia tem um ótimo gargalo para se reestabelecer.