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ALERTA

Aumento de crianças com problemas respiratórios está associado baixa adesão à vacinação

Público infantil, por ser grupo de risco, é um dos prioritários para a cobertura vacinal
Foto: Erasmo Salomão | Ministério da Saúde
Foto: Erasmo Salomão | Ministério da Saúde

Com os números elevados de hospitalizações de crianças por problemas respiratórios no Estado, o Centro Estadual de Vigilância Sanitária (Cevs) alerta para a relação entre esse aumento e a baixa adesão às vacinas contra a gripe influenza e a covid-19. As Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) são um conjunto de sinais e sintomas que se caracterizam pela infecção do trato respiratório de modo geral. A principal causa no público infantil é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que circula endemicamente no Rio Grande do Sul e é um dos maiores agentes de internação em bebês e crianças, e para o qual ainda não existe vacina específica. 

Uma das estratégias para evitar o alto grau de hospitalizações é observar a infecção por outros vírus que causam doenças respiratórias e para os quais já existem vacinas disponíveis, como a influenza e a covid-19. O público infantil, por ser grupo de risco, é um dos prioritários para a cobertura vacinal dessas doenças. Ambas as vacinas estão hoje disponíveis nos postos de saúde. 

De acordo com a enfermeira Letícia Martins, responsável pela área de doenças respiratórias do Cevs, outro fator importante para o aumento no registro de SRAG Pediátrica no Rio Grande do Sul é o legado deixado pela pandemia. A rede está muito mais sensibilizada em notificar, o que influencia diretamente na elevação dos números de síndromes respiratórias no estado. “A vigilância mudou muito e hoje chegam ao sistema as notificações que antes não apareciam”, explica. 

As medidas de prevenção à SRAG Pediátrica retomam os cuidados que já foram adquiridos com o coronavírus: 

  • Completar esquema vacinal  
  • Evitar aglomeração e contato com outras crianças quando a criança estiver sintomática 
  • Utilizar máscara quando apresentar sintomas respiratórios.

Dados de 2023 

A cada quatro hospitalizações de crianças abaixo dos 12 anos por problemas respiratórios, uma vai precisar de internação em leito de UTI, devido a gravidade do caso.   

Quando comparados à 2019, antes da pandemia de covid, os registros de hospitalizações em 2023 estão mais de 3,5 vezes maiores (1.042 contra 3.671). 

População de 6 meses a menores de 12 anos: 1,5 milhão; com a vacinação covid-19 em dia: 87 mil. 

Total de crianças dos 6 meses a 9 anos: 1,2 milhão; com a vacinação influenza em dia: 423 mil.

Texto: Secretaria Estadual de Saúde do RS